Roberto Rillo Bíscaro
A quarta temporada de Downton Abbey deixou-me apreensivo sobre a qualidade futura da série inglesa. A saída de Mathew, esposo da chiquérrima Lady Mary, resultou em um par de pretendentes à viúva, mas essa sub-trama não agradou. Sequer conseguia distinguir um do outro, quanto mais decorar seus nomes. O restante da história fazia cochilar.
Os roteiristas acordaram do torpor e a quinta temporada
voltou com 8 episódios nos quais os tais cavalheiros foram eliminados aos
poucos, mas sem estardalhaço pra não perdermos tempo com sua insipidez.
Downton Abbey é novelão, mas não nos moldes frenéticos
de DALLAS, Revenge ou Scandal. Tudo é mais pausado e delicado, mas o
telespectador quer ação e essa temporada distribuiu tramas pra todas as
personagens; até Lady Cora – quase sempre um enfeite de luxo – viveu
peripécias.
O encanto do show
são as intrigas da Casa Grande e de seus empregados, alimentando-se de nossa
fascinação pela classe senhorial e da idealização dum modo de vida que vivia
suas horas-extras nos anos 1920. E essa temporada voltou a nos oferecer esses
deslumbres de grandeza evanescente, além da decantada mordacidade britânica.
Downton Abbey empaca nas
temporadas de números pares; torçamos pra que a sexta quebre essa maldição.
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