terça-feira, 16 de dezembro de 2014

TELINHA QUENTE 145

Sites e publicações especializadas em ficção-cientifica listam a série canadense The Starlost como uma das piores da História. 16 episódios foram ao ar em 1973 (passou no Brasil com o título A Estrela Perdida; eu nem fazia ideia) e resolvi vê-los; meio duro às vezes, mas consegui. 

A iminente destruição da Terra enseja a construção da Earthship Ark, com milhas de cumprimento e diâmetro, onde 3 milhões de humanos são colocados em níveis diferentes, sem comunicação a fim de preservarem suas características - nos 70’s o multiculturalismo não estava na moda. Cada biosfera é arremedo de coisas terráqueas como, Velho Oeste, medievo etc. Engraçado supor que em 2200 e cacetada alguém criaria ambientes com coisas já historicamente obsoletas nos anos 1970.
800 anos depois, cada biosfera levava sua vida sem desconfiar da existência dos outros e sequer saber que estava em uma nave à deriva. Um desvio na rota levava a Arca de Noé sideral em direção a uma estrela. Quando um dos tripulantes descobre a verdade, ele e mais 2 tentam alertar os demais passageiros sobre o perigo.
Com uma premissa tão interessante, porque prenhe de possibilidades, a gente até suspenderia a descrença pra muitas coisas tipo, o que eles comem enquanto vagueiam pela arca, onde conseguem roupas e mais.
Mas, The Starlost foi implodida por severa escassez de dinheiro, que implicou em (d)efeitos especiais quase inexistentes, cenários que não disfarçam o papelão e até mesmo economia na contratação de atores. Em cada nova biosfera, apenas um ou 2 personagens. Isso torna o show quase puramente dialogado ou composto de ações narradas, devido a impossibilidade econômica/de pessoal para exibição.


Quase todos episódios têm premissas sci fi superinteressantes, ainda que em alguns casos a trama esqueça que o trio procura ajuda pra corrigir o rumo da Arca ou se contradiga em relação ao desconhecimento que uma biosfera deveria possuir das outras.   
Encabeçando o elenco está Keir Dullea, o astronauta David Bowman, de 2001: Uma Odisseia Espacial, clássico sessentista de Stanley Kubrick. No quesito participações especiais, detectei John Colicos, o Baltar de Battlestar Galactica, Lloyd Buchner (Dynasty, Golden Girls, BattlestarGalactica), onipresente nos 70’s e 80’s; e Barry Morse, o Dr. Bergman de Space 1999 (outra falha de audiência, que um dia resenharei). As atuações nem sempre são excitantes ou comandam elogios.
A não ser que você
a)  tenha muita paciência pra diálogos e lentidão/encheção de linguiça
b)  goste de se gabar entre os conhecidos de haver garimpado raridades
c)   seja completista viciado em séries sci fi
d)  ame programas de TV de orçamento reduzido
sugiro distância. Como me encaixo em 3 das categorias acima...
Não vi via You Tube, mas os leitores percebem que há episódios legendados. Aos interessados, bom garimpo.

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