sábado, 31 de janeiro de 2015
sexta-feira, 30 de janeiro de 2015
PAPIRO VIRTUAL 87
Lisonjeado em compartilhar com os leitores a notícia de que minha autobiografia ESCOLHI SER ALBINO foi objeto de trabalho de conclusão de curso e tema de congresso internacional.
Solange de Souza Araújo, a Sol do blog Albinos do Nosso Nordeste, usou minha narrativa como tema de seu TCC, dando provavelmente o primeiro passo para a inclusão do albinismo em pesquisa em literatura.
Além disso, sua comunicação A AUTO ACEITAÇÃO NO COTIDIANO DOS “FILHOS DA LUA”: UMA ANÁLISE DO SER DIFERENTE NA OBRA ESCOLHI SER ALBINO, DE ROBERTO RILLO BÍSCARO foi aceita no CINTEDI - Congresso Internacional de Educação e Inclusão: Práticas Pedagógicas, Direitos Humanos e Interculturalidades.
Leia o resumo do artigo/comunicação:
"O presente artigo leva-nos a uma das características mais marcantes da literatura, a mímesis, essa necessidade eminentemente humana de transcriar, representar, transcender realidades pela palavra, pela imagem dos textos; dessa forma, espera-se que as mais variadas identidades de sujeitos sejam espelhadas pela literatura. No entanto, observamos a ausência de pessoas albinas como personagens em narrativas e poéticas, entre outras manifestações literárias. O objetivo desse trabalho torna-se, portanto, redimensionar as pessoas albinas, até o momento na “invisibilidade” literária e promover a inclusão de obras com esse conteúdo nas discussões acadêmicas. Almeja-se que o presente estudo gere reflexões e contribua para dar a visibilidade e atualidade a literatura do diferente quando se propõe a apresentar um leitura analítica da obra “Escolhi ser albino”, de Roberto Rillo Bíscaro. A metodologia qualitativa de cunho bibliográfico foi a escolhida, já que buscamos realizar leituras e investigar conceitos a partir de noções e teorias da linguagem literária, e a partir desse pressuposto envolver a alteridade dos albinos no âmbito literário, os autores que contribuíram para nossa pesquisa foram: Sébastien Joachin, Ferreira e Guimarães. Contudo, conseguimos mostrar através do livro escrito pelo autor Roberto Rillo Bíscaro a necessidade da inclusão do diferente no contexto literário, transmitindo a importância do mesmo para auxiliar os professores a trabalhar com o que não é comum na literatura, ou seja, sair da zona de conforto por parte de alguns profissionais e ainda envolver a questão do respeito ao próximo e amenizar a homogeneidade existente no próprio albino."
O artigo completo pode ser lido/baixado no link:
quinta-feira, 29 de janeiro de 2015
MATANÇA ALBINA
Tanzânia: Criminosos estão arrancando membros de albinos acreditando que ficarão ricos
Desde que as pessoas começaram a coletar registros dos crimes, houve 74 assassinatos e 59 sobreviventes de ataques.
Albinos da Tanzânia estão sendo caçados como animais. O comércio está sendo protegido pelas pessoas mais poderosas do país.
A cultura popular acredita que se você conseguir partes do corpo de um albino, conseguirá sorte e riqueza pessoal. As pessoas estão dispostas a pagar de R$ 7.000 a R$ 10.000 por um membro completo, ou mais de R$ 190.000 por uma pessoa inteira!
As pessoas com albinismo são regularmente atacadas por bandidos que cortam seus membros, deixando-os severamente mutilados. Por falta de atendimento médico adequado, muitos morrem de hemorragia e infecções.
O albinismo, uma condição genética hereditária que causa uma total ausência de pigmentação na pele, cabelo e olhos, afeta 1 tanzaniano a cada 1.400. Muitas vezes, o fato se dá devido a endogamia em comunidades remotas e rurais, dizem os especialistas. Em comparação, no Ocidente, nasce 1 albino a cada 20.000 pessoas.
Desde que as pessoas começaram a coletar registros dos crimes, houve 74 assassinatos e 59 sobreviventes de ataques. Mesmo os mortos não são poupados: 16 sepulturas já foram violadas para roubar os corpos. E estes são apenas os casos registrados.
Pendo Emmanuelle Nundi, um garoto (albino) de apenas 4 anos de idade, foi raptado em dezembro de 2014. A polícia prometeu uma rápida ação para encontrá-lo, mas ele está desaparecido desde então.
Outro caso ocorreu com Mwigulu Matonange quando tinha apenas 10 anos. Ele foi severamente atacado por homens enquanto saía da escola com um amigo. Os criminosos cortaram seu braço esquerdo e desapareceram na mata carregando o membro como se fosse um “prêmio”.
No caso da Mwigulu, os dois homens eram estranhos: ele nunca tinha os visto antes. Mas, várias denúncias dizem que em algumas famílias, os próprios pais são os responsáveis por entregar os filhos aos bandidos, em troca de dinheiro.
Um caso intrigante chocou a comunidade internacional quando uma albina de 38 anos foi atacada por seu marido com facão. Outros quatro homens participaram da barbárie. Ela estava dormindo no momento do crime. Segundo a ONU, sua filha de 8 anos de idade viu quando o pai saiu carregando o braço da mãe.
Os albinos na Tanzânia vivem em constante medo, já que por pouco mais de R$ 250 é possível que sejam atacados. Esse valor é três vezes maior que o salário mínimo, o que os colocam em perigo de mutilação ou morte.
Em um país como a Tanzânia, que está entre os 25 mais pobres do planeta, apenas pessoas muito ricas ou políticos possuem dinheiro para comprar as partes dos corpos dos albinos, o que deixa claro que os crimes estão sendo alimentados por pessoas poderosas. Curandeiros também são cogitados como fomentadores dos crimes, por prometerem curar diversas doenças.
Outro caso ocorreu com Pendo Sengerema, de 15 anos. Ele estava jantando com a família quando foi atacado. Seu braço direito foi decepado, logo abaixo do cotovelo. De acordo com os jornais locais, um feiticeiro recebeu uma ordem de um cliente rico, e recebeu R$ 1.500 pelo membro.
Ao que tudo indica, os ataques aos albinos não se limitam apenas a Tanzânia. Segundo o Under The Sun, já foram registradas mais de 136 mortes e 211 ataques em 25 países da África. E isso começou a ser contado e registrado após inúmeros casos anteriores.
Países como República do Congo, Costa do Marfim, Nigéria, Gana, Namíbia, Moçambique, dentro outros, já registraram casos semelhantes.
Países como República do Congo, Costa do Marfim, Nigéria, Gana, Namíbia, Moçambique, dentro outros, já registraram casos semelhantes.
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Assassinato de Albinos na África,
Histórias de Albinos
TELONA QUENTE 111
Roberto Rillo Bíscaro
Gene Hackman se aposentou do cinema em 2004, reclamando
da inexistência de bons papéis pra atores em idade avançada. A obsessão de
nossa cultura pela juventude e a própria matriz dramática da sétima arte
dificultam o protagonismo daqueles com mais anos nas costas.
Vez ou outra, porém, coroas quebram a rotina de
interpretar vovôs, pais, chefes e mordomos. Em 2012, James Cromwell – que
sempre coadjuva – estrelou o canadense Still Mine, segura estreia na direção de
Michael McGowan.
Baseado em fatos, o filme ambientado na linda zona
rural canadense pretende ser a história dum octogenário que desafia o Estado
burocrático altamente regulador construindo uma casa em sua propriedade, do
modo que aprendeu pela tradição passada por seu pai.
Essa afirmação da independência pessoal contra normas,
todavia, é eclipsada pela narrativa muito mais nuançada do relacionamento de
Craig com a esposa Irene, com a qual está casado há mais de 6 décadas. A casa
deve ser erigida, porque Irene tem doença degenerativa e o casal precisa duma
moradia mais fácil de manter, uma vez que se instalar num asilo lhes parece o
fim da picada, graças a aguçado senso de autonomia.
A força de Still Mine reside nas diversas facetas desse
relacionamento no dezembro do casal. Doença, vitalidade, esquecimento,
lembranças, sexualidade, decadência física e mental são apresentados de maneira
terna, quieta, comovente e irônica pelo roteiro, que, se esquemático na
construção narrativa e na condução da trama social, prova ser profundo,
realista e humano no trato das questões individuais.
Cromwell e Geneviève Bujold
nos presenteiam com atuações estelares numa produção que mostra as dificuldades
e medos de envelhecer, mas também traz a esperança de autonomia, liberdade de
exercer vontades e amor duradouro.
quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
CONTANDO A VIDA 96
Esse papa argentino está dando o que falar; encanta liberais, desagrada caretas. Não se pode negar que o Sumo Pontífice tem personalidade.
Vejamos o que nosso cronista-historiador tem a dizer sobre Francisco.
HABEMUS PAPAM: Francisco.
José
Carlos Sebe Bom Meihy
Sempre me chamou a atenção a expressão “Habemus Papam”, que pode ser traduzida
por "Temos um Papa". Na realidade, trata-se de um texto lido
pelo decano dos cardeais que elegem um novo Papa depois que esse aceitou o
encargo decorrente de disputa interna entre os elegíveis para a cúpula da
Igreja Católica. Minha perplexidade se dirige ao fato da existência de uma
cerimônia que, de certa forma, se distanciaria da prática cotidiana de Sua
Santidade. Dizendo de outra maneira, a euforia dimensionada pelo cerimonial
secreto da escolha deixa espaço para pensar que passado o momento eleitoral, de
regra, os Papas apenas reaparecem como figuras de destaque em situações
extraordinárias, como se não houvesse rotina diária. É lógico que reconheço
esforços que conseguiram mudar a rota das atuações papais e João XXIII e Paulo
VI são exemplos disto, mas nada se compara ao atual Prelado Máximo.
Sem dúvidas, Francisco é um homem excepcional. Já
confessei que quando soube de sua escolha, evoquei suspeitas comuns a quantos
estudaram, por anos, a atuação dos jesuítas na História. Amedrontado, precisei
requalificar minhas conclusões e dar espaço para a atuação do Sumo Sacerdote
que além de tudo, para azar dos brasileiros, é argentino. Mas não foi preciso
muito tempo, pois logo Francisco mostrou a que veio. Flashes de sua visita ao
Rio são memoráveis e suficientes para derrubar barreiras preconceituosas. Jorge
Mario Bergoglio chegou com uma proposta que se inicia no nome escolhido
“Francisco”. Emblema da humildade, junto com rara modéstia, outra
característica o distinguiu, a audácia. A difícil combinação entre a falta de
arrogância e a valentia se realizou no presente Papa que logo foi dizendo a que
veio. É exatamente aí que cabe a surpresa.
Em audaciosas investidas, o Sacerdote declarou de saída
“quem sou eu para julgar os gays” e na mesma toada falou sobre divórcio e
celibato clerical. Isto só aniquila uma tradição de hipocrisia e preconceito
instalada na Igreja. E não parou aí. Seria exaustivo elencar as façanhas
seguintes, mas nada se compara a sua ação mestra, à necessária reforma da Cúria
do Vaticano. Começar pela limpeza da casa é sinal da intenção maior do Prelado
Romano, pois no contexto de dominação reside a grande contradição da Igreja: o
conservadorismo teórico, o abuso da riqueza ostensiva, o cinismo ao tocar nos
erros evidentes da cúpula – entre os quais o excesso de acusações de pedofilia
– e a corrupção instalada no Banco do Vaticano. Pode-se dizer que uma síntese
de tudo isso está presente na recente lista das 15 enfermidades da Cúria, onde
corajosamente, declarou sem disfarce algum, sua posição contra os males
crônicos da elite católica. Valendo-se da metáfora apropriada do Corpo Humano,
foi bradando contra o “Alzheimer espiritual”, esquizofrenia existencial”. Numa
construção metafórica sofisticada, a fim de evidenciar os graves problemas da
Cúria, não deixou de usar a doença como suposto explicativo e assim condenou o
“exibicionismo mundano”, o “terrorismo do falatório” “o complexo de
superioridade” que resultam em transformação do “poder e o poder em mercadoria
para obter vantagens”.
É lógico que uma figura tão solar soube aproveitar a
coincidência do final do ano religioso e seu aniversário de 78 anos e presenteou
o mundo com a abertura de diálogo entre os Estados Unidos e Cuba. A retomada
das relações rompidas há mais de 50 anos é um alento para a humanidade,
principalmente para quem almeja a paz. Sabemos que o Papa não é perfeito e que
entre tantos acertos existem planos em que ainda não admitiu mudanças como a
abertura do sacerdócio às mulheres, mas tendo em vista o já conquistado sabe-se
que isto é questão de tempo. Meditando sobre tudo isto, fica-nos claro que
habemus Papam, hoje e por todo seu pontificado.
terça-feira, 27 de janeiro de 2015
FECHACADABRA
Tanzânia baniu os feiticeiros para tentar proteger população albina
Os feiticeiros tanzanianos perpetuam a superstição de que as partes do corpo das pessoas albinas são amuletos de boa sorte.
O ministro do Interior da Tanzânia, Mathias Chikawe, anunciou terça-feira que os feiticeiros, ou curandeiros, do país não poderão continuar a trabalhar, acrescentando que haverá uma operação a nível nacional para os prender e julgar se continuarem a exercer. A esperança é a de que esta medida diminua os ataques a pessoas com albinismo, visto que os feiticeiros da Tanzânia acreditam que as partes do corpo de pessoas albinas trazem boa sorte.
A Sociedade Tanzaniana do Albinismo afirma que a medida é um passo importante para "acabar com os incidentes de uma vez por todas". O presidente da sociedade, Ernest Njamakimaya, disse àBBC: "Se nós e o governo conseguirmos juntar-nos e mostrar força como um só e falar como um só, podemos lidar com este problema".
A Tanzânia tem a maior incidência de albinismo no mundo, com cerca de 33 mil pessoas albinas no país. Só nos últimos três anos, 70 pessoas com albinismo foram mortas no país, mas muitas vezes os casos não são investigados. Só 10 pessoas foram condenadas por assassínio nestes três anos.
O ministro Mathias Chiwake afirmou que a busca e detenção de feiticeiros vai começar nas próximas duas semanas nas regiões no norte do país, onde aconteceu o maior número de ataques.
ATCHIM
Mitos e verdades sobre o resfriado
David Robson
Tomar um chá, fazer um escalda-pés ou enrolar um lenço com álcool em volta do pescoço – as antigas curas para o resfriado comum parecem risíveis diante da medicina moderna.
Mas os aparentes benefícios de muitos dos tratamentos que nós adotamos sem pensar – como tomar suplementos vitamínicos e pingar soro fisiológico nas narinas – podem evaporar se analisados de perto pela Ciência.
Afinal, o que funciona e o que não funciona? Para descobrir, demos uma peneirada nas evidências.
Não aumente a dose de vitamina C (mas talvez incremente o zinco)
"A primeira coisa que muita gente faz quando está resfriada é aumentar a ingestão de vitaminas C e D", diz o médico Michael Allan, da Universidade de Alberta, no Canadá, que recentemente estudou as evidências para os tratamentos caseiros mais populares. "Mas não há boas provas de que essas vitaminas funcionam".
Tomar mais vitamina C pode levemente ajudar pessoas que se submetem a grandes provas físicas, como maratonistas, a aumentar sua resistência a doenças.
Mas para o indivíduo comum, a vitamina reduz o risco em apenas 3%. "Se um adulto fica resfriado duas vezes por ano, você só vai evitar um resfriado no espaço de 15 anos", explica Allan.
Suplementos de zinco podem ter um resultado melhor. Baseado em três estudos clínicos com voluntários, Allen afirma que as crianças que tomam um suplemento de zinco regularmente terão, em média, um resfriado a menos em um ano, comparado com os seis a oito que são normais na idade escolar.
Há alguns indícios de que o zinco também pode reduzir a duração de um resfriado em cerca de um dia.
Mas, como o zinco tem um desagradável sabor adstringente e teria de ser tomado durante todo o ano para poder oferecer benefícios, Allen não recomendaria o uso generalizado do suplemento.
Libere um pouco de bebida... de vez em quando
É da sabedoria popular que uma noite de bebedeira enfraquece as defesas do organismo e o torna mais vulnerável ao ataque de vírus.
O assunto ainda não foi amplamente explorado pelos médicos, mas três estudos independentes sugerem que pessoas que bebem regularmente – e moderadamente – têm, na realidade, menos chances de pegar um resfriado.
O que vai no seu copo também parece fazer diferença: vinho ajuda mais do que cerveja, por exemplo.
Essas são evidências preliminares e devem ser adotadas com um certo ceticismo. Mas pelo menos elas sugerem que você não precisa colocar a culpa pelo seu sofrimento nos excessos que cometeu.
Não tome antibióticos, mas considere remédios de alívio dos sintomas
De uma maneira curta e grossa: não há motivos para antibióticos curarem um resfriado, já que eles atacam bactérias e a doença é provocada por vírus. "Além de não trazerem benefícios nesses casos, os antibióticos ainda aumentam o risco de efeitos colaterais, como a diarreia", explica Allan.
A melhor maneira de enfrentar o resfriado é tentar reduzir a intensidade dos sintomas.
Medicamentos que combinam anti-histamínicos com descongestionantes e analgésicos ajudam a aliviar alguns dos sintomas mais desagradáveis em adultos (mas não em crianças, atenção).
"Ainda assim, os benefícios são, em geral, modestos e têm efeitos diferentes em cada indivíduo e nos tipos de infecção provocada", alerta Allan.
Tome mel (mas cuidado com outros medicamentos naturais)
De maneira geral, remédios naturais, como a equinácea ou as cápsulas de alho, não trazem benefícios. A única exceção parece ser o mel.
Uma colherada imediatamente antes de dormir pode aliviar a tosse e é melhor do que qualquer xarope ou bebida açucarada, segundo três estudos diferentes.
No entanto, esse paliativo só foi largamente testado em crianças (apesar de outro estudo ter indicado que uma combinação de mel com café poderia ajudar a acabar com a tosse persistente em adultos).
E a maneira como o mel atua ainda é desconhecida. "Mas como há uma boa dose de pesquisas por trás, não custa tentar", diz Allan.
Finalmente... peça colo
As pessoas à sua volta podem ajudá-lo a sarar mais rapidamente. Pacientes que relatam ter mais empatia com seus médicos parecem se recuperar mais rápido, um efeito que pode ser visto tanto em seus sintomas quanto nas análises objetivas da atividade de seu sistema imunológico.
Ainda não se sabe se o mesmo vale para familiares e amigos, mas na ausência de uma cura milagrosa não custa pedir por um pouco mais de compaixão. Pode ser justamente o conforto que outros remédios não conseguiram dar.
segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
TARTARUGUINHAS ALBINAS
Projeto Tamar recebe filhotes de tartarugas albinas
A base do Projeto Tamar em Ubatuba, recebeu recentemente filhotes albinos de tartarugas marinhas encontrados na praia do Gargaú, Campos dos Goytacazes (RJ).
Esse fenômeno é muito raro entre as tartarugas, e geralmente são animaizinhos muito frágeis, com poucas chances de sobreviver na natureza, já que a falta de coloração torna muito fácil sua localização pelos predadores aumentando as chances de serem comidos logo nos primeiros dias de vida.
Isso diminui ainda mais as chances de sobrevivência já que no ciclo de vida das tartarugas marinhas estima-se que apenas um em cada mil filhotes nascidos sobrevivam até a idade adulta. Isto acontece de forma natural, já que os pequenos filhotes de tartarugas marinhas que nascem com cerca de 10cm de comprimento servem de alimento para uma grande diversidade de animais (caranguejos, polvos, aves marinhas e principalmente os peixes). Em cativeiro, sob cuidados especiais, as chances de sobrevivência das tartarugas albinas aumenta.
O Tamar em Ubatuba recebeu em 1994 dois filhotes albinos, também nascidos em Campos, sendo que um deles chegou a sobreviver por seis anos. Outros oito filhotes foram recebidos em 2002, mas nenhum sobreviveu - See more at: http://www.tamoiosnews.com.br/portal/meio-ambiente/item/586-projeto-tamar-recebe-filhotes-de-tartarugas-albinas#sthash.hiGz4c2O.dpuf
Esse fenômeno é muito raro entre as tartarugas, e geralmente são animaizinhos muito frágeis, com poucas chances de sobreviver na natureza, já que a falta de coloração torna muito fácil sua localização pelos predadores aumentando as chances de serem comidos logo nos primeiros dias de vida.
Isso diminui ainda mais as chances de sobrevivência já que no ciclo de vida das tartarugas marinhas estima-se que apenas um em cada mil filhotes nascidos sobrevivam até a idade adulta. Isto acontece de forma natural, já que os pequenos filhotes de tartarugas marinhas que nascem com cerca de 10cm de comprimento servem de alimento para uma grande diversidade de animais (caranguejos, polvos, aves marinhas e principalmente os peixes). Em cativeiro, sob cuidados especiais, as chances de sobrevivência das tartarugas albinas aumenta.
O Tamar em Ubatuba recebeu em 1994 dois filhotes albinos, também nascidos em Campos, sendo que um deles chegou a sobreviver por seis anos. Outros oito filhotes foram recebidos em 2002, mas nenhum sobreviveu - See more at: http://www.tamoiosnews.com.br/portal/meio-ambiente/item/586-projeto-tamar-recebe-filhotes-de-tartarugas-albinas#sthash.hiGz4c2O.dpuf
CAIXA DE MÚSICA 154
Formada em 1987, a banda norte-americana Smashing Pumpkins
nunca teve destaque no meu radar, embora esteja a par dos projetos ambiciosos
de Billy Corgan; é álbum conceitual dentro de álbum, faixas lançadas a
conta-gotas na internet e por aí afora. Também sei que – como Robert Smith faz
com o The Cure – Corgan controla tudo com punhos de ferro, sendo o único
Abóbora com poder.
Como acho sua voz um tanto enjoativa às vezes, evito, mas
quando Monuments to an Elegy saiu dia 9 de dezembro, ouvi, esperançoso de
resultar em pauta pra Caixa de Música. Deu certo.
Decepcionou-se quem esperava uma obra-prima
conceitual-progressiva-messiânica-densa. Monuments to an Elegy é conciso,
direto e simples em seus 33 minutos. 9 faixas homogeneamente boas, fazendo do
disco um produto bem consistente.
Anaise! tem pegada de disco
music; ainda bem que alguns roqueiros finalmente superaram o feudo
quadridecenal com o subgênero dançante. Run2me tem jeitão oitentista, na qual a
bateria de Tommy Lee (do Mötley Crüe) soa como se estivesse numa canção de Phil
Collins. Dorian é synth pop anos 80.
O grande filão do álbum, porém, é rock alternativo com
sonoridade predominantemente noventista, com fios graves de guitarras
trançadas. Mesmo que teclados gelados oitentistas se intrometam em Monuments e
Tiberius, a sonoridade remete à década retrasada.
A decantada megalomania de Billy Corgan
apresentou-se apenas no título, Composto por canções decentes, o álbum está
muito aquém de conter monumentos para elegias.
domingo, 25 de janeiro de 2015
FEVEREIRO ALBINO EM MACEIÓ
Grupo de albinos da SMS retoma as atividades em fevereiro
Segundo Luciana Ferreira, servidora do PAPD, o grupo tem como meta para 2015 a criação da Associação Estadual de Albinismo e Baixa Visão. “Com esse grupo, podemos consolidar as atividades que ao longo desse tempo viemos desenvolvendo aqui, como informações sobre prevenção, direitos sociais, educacionais e sobre políticas públicas”, explica.
“Após o cadastro com os documentos na coordenação, o paciente será encaminhado para o dermatologista e para um Centro Especializado em Reabilitação visual para as consultas oftalmológicas. Assim, ele passará por todo o acompanhamento médico e poderá ser atendido pelo Grupo de Albinos de forma integral. Porém, se o paciente tiver dificuldade em conseguir atestados, nós do programa já encaminhamos para o médico”, afirma a servidorado PAPDdo Pam Salgadinho, Luciana Ferreira.
Entrega de protetores solares
Pessoas com albinismo devem usar proteção solar sempre que estiverem em ambientes expostos ao sol e ter o acompanhamento médico de um dermatologista para avaliação da pele e detecção de lesões que possam predispor ao surgimento de câncer na pele.
O albinismo é a ausência parcial ou total do pigmento na pele, nos cabelos e nos olhos. A sua forma mais perigosa é a que determina a total ausência de pigmentação por todo o corpo: o albinismo oculocutâneo. A patologia aumenta as chances de surgimento de câncer de pele e também o risco de cegueira pela intolerância à luz solar.
Cuidados no verão
O PAPD reforça que no período das altas temperaturas, os albinos devem tomar cuidados redobrados com a exposição ao sol. É recomendado o uso de protetor solar, chapéu, roupas de manga, guarda-chuvas e evitar ir à praia antes de 16hs. Esse cuidado também se estende às crianças que brincam nas ruas ou quintas de casa, para que os pais fiquem atentos ao uso da proteção, por conta da grande sensibilidade ao sol dos portadores de albinismo.
A SUPERAÇÃO DE ALEX
'Perdi meus braços e pernas, mas tive o ano mais feliz da vida'
Kathleen Hawkins
"Há dias em que eu acordo e penso, nossa, meus ombros doem, minhas extremidades estão doloridas, mas sigo em frente", diz Alex Lewis.
Aos 34 anos de idade, o britânico, ex-proprietário de um pub, viu sua saúde ficar em estado crítico em poucas semanas. Perdeu as pernas e os braços. Perdeu também os lábios e o nariz.
Cirurgiões desde então retiraram pele de seus ombros para substituir seus lábios - deixando-o, ele brinca, parecido com um personagem de Os Simpsons e com um nariz que escorre constantemente.
Apesar disso, Alex descreve seu último ano como o melhor de sua vida.
A atitude positiva do britânico é considerada extraordinária pelas pessoas ao seu redor. Ele diz que se sente mais feliz agora do que antes de ficar doente. Muitos acham difícil de acreditar, mas Alex afirma que tirou coisas boas do processo.
"(A doença) me fez pensar de forma diferente quanto a ser pai, parceiro, ser humano", contou ele ao programa Ouch, da BBC, dedicado a temas de deficiência e diversidade.
Uma organização de caridade aberta em seu nome lhe deu ímpeto para ajudar outras pessoas. E ele pretende se casar com sua companheira.
"Tive sorte por ter minha família ao meu lado. Eu sabia que tinha um futuro adiante, porém sofria pelo fato de meus entes queridos estarem passando por isso, sofrendo ao me ver."
Por outro lado, Alex não consegue mais fazer muitas coisas das quais gostava, como cozinhar e jogar golfe. Ele e sua companheira Lucy perderam o pub que administravam.
Infecção
Era novembro de 2013 quando Alex percebeu sangue em sua urina e manchas e machucados estranhos em sua pele.
Levado às pressas ao hospital, descobriu que tinha uma infecção estreptocócica tipo A. A infecção penetrou profundamente em seus tecidos e órgãos e provocou um envenenamento sanguíneo, ou sepsia, que pode causar falência múltipla de órgãos.
A pele de seus braços e pernas e parte de sua face rapidamente escureceram e gangrenaram - seus membros tiveram de ser amputados. Para parentes e amigos que ficaram ao lado dele diariamente enquanto respirava com a ajuda de aparelhos, foi algo chocante.
Mas para seu filho Sam, na época com três anos, era como se o pai estivesse coberto de chocolate.
Quando Alex soube que seu braço esquerdo teria de ser amputado acima do cotovelo, resultado de uma gangrena que estava infeccionando seu sangue, ele diz que não sentiu tristeza, porque os médicos foram bastante realistas. "Era uma questão de 'este braço está me matando'", conta.
Na segunda semana de dezembro, mesmo após a amputação, sua vida ainda corria risco. Por isso, pouco tempo depois, Alex teve de perder também as pernas.
"Processei cada amputação individualmente", conta. "Parte de mim pensou, 'vamos só resolver esse processo para que eu possa sair do hospital e voltar para casa'."
Mas, no fim das contas, ele diz que não teve muito tempo para pensar.
Seu último membro, o braço direito, também estava doente, mas os médicos acharam que havia uma chance de salvá-lo. Fizeram uma operação de 17 horas e meia na véspera do Natal de 2013 para reconstruí-lo, retirando o tecido morto.
Tarefas cotidianas
Para os médicos e para Alex, era crucial fazer o possível para preservar pelo menos um dos membros.
"Todos os amputados de quatro membros que conheci ao longo dessa jornada me disseram que fariam tudo por uma mão", diz Alex. "(Com ela) você ainda consegue fazer tarefas cotidianas, beber água, escrever."
Mas o dano era grave demais e, certa noite, enquanto dormia, Alex se virou e acabou quebrando o braço ao meio, porque o osso estava infeccionado.
Sua companheira Lucy ficou devastada, imaginando que a vida ficaria muito mais difícil também sem esse membro. Mas Alex diz que achou o desfecho melhor do que se ele tivesse tentado por anos salvar o braço em vão.
"Acho que psicologicamente teria sido muito pior esperar muito tempo e depois perdê-lo", raciocina.
A partir daí, o britânico teve de aprender a viver uma nova vida. Não conseguia mais se levantar sozinho, tampouco se lavar e se vestir. Precisou acostumar-se à ajuda de um cuidador diariamente. Sua prioridade passou a ser aprender a andar.
Esse aprendizado começou em um hospital de Roehampton, no sudoeste de Londres. Em apenas duas semanas, Alex surpreendeu todos ao conseguir caminhar com próteses especiais.
Ele já caminha há mais de três meses e diz que progrediu muito, mas ainda pena para se adaptar. "Subir escadas é difícil, porque (as próteses) são curtas."
Alex agora também usa próteses de braços, na forma de ganchos, que o ajudam nas tarefas cotidianas.
Irreconhecível
O britânico diz que ainda se sente como em um mundo surreal e confessa que se estranha ao se ver no espelho: o corpo que ele conheceu durante 33 anos mudou drasticamente em um ano, e ele reconhece que foi uma perda horrível.
"É algo inquietante, mas acho incrível o que o corpo humano é capaz de superar", afirma.
"Sempre fui tranquilo, relaxado. Essa atitude mudou, hoje tenho pressa para conquistar coisas - o que no meu caso é conseguir pegar uma xícara de café. (Mas) tenho sorte de estar vivo", diz.
"Foi, de longe, o ano mais incrível da minha vida. É difícil explicar, mas me sinto forte, bem, saudável e feliz em casa, talvez mais do que antes. Coisas ótimas saíram dessa experiência, que me fez perceber o quão preciosa é a vida."
sábado, 24 de janeiro de 2015
ALBINOS NÃO!
Empresa chinesa não quer albinos nem mucubais sem dentes
Os mucubais com dentes certos na boca podem ir trabalhar
Armando Chicoca
O recrutamento de trabalhadores nesta região sul de Angola para supostas empresas chinesas de construção civil em Luanda, com restrições impostas aos autóctones que preservam a tradição de arrancar dentes, está a suscitar descontentamento no seio das comunidades desta região.
David João Cataleko Kambandi, um dos agentes mandatários para recrutamento da força de trabalho na região sul do país confirmou as ordens que tinha nesse sentido.
“Albinos não podem ser recrutados, homens com falta de dentes também não, quem tem cicatrizes no corpo também não é aceite nesta empresa”, disse.
Os mucubais com dentes certos na boca podem ir trabalhar, porque não tenho como fazer, há bocado liguei para Luanda e o chefe reiterou a orientação inicial”, frisou.
José Tchongolola veio do Município da Bibala por ser albino ficou igualmente excluído do grupo e disse tratar-se de ausência de sentimento humano.
”Isto é discriminação e não pode ser, sou albino, já trabalhei em muitas empresas e nunca houve problemas, sou o único filho da minha mãe albino, outros irmãos são negros, os meus filhos também são negros. Quero trabalhar para dar de comer meus filhos”, disse.
Alguns jovens mucubais também não se coibiram, exigindo das autoridades governamentais de Luanda e da província explicações sobre este caso que segundo os visados lesa a lei geral de trabalho vigente em Angola.
Um deles Kambambi João Domingos, disse que o que se passa é “discriminação”.
“Nós mucubais arrancamos os dentes de baixo e cerramos os de cima não por nossa vontade, mas sim por força da tradição”, disse.
“As autoridades governamentais devem instar estas empresas a porem termo esta situação” disse, o jovem activista social, Mucubal.
As autoridades da inspecção do trabalho contactadas pela nossa reportagem prometeram reagir nos próximos dias..
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