Genérico do Muse
Roberto Rillo Bíscaro
Roberto Rillo Bíscaro
The Pineapple Thief foi fundado pelo inglês
Bruce Soord em 1999. Respeitada nos círculos prog e indie, a banda não alcançou
sucesso massivo, mas lança álbuns pruma devota base de fãs, que curtem suas
longas firulas Neo Prog, que contém boas doses de influência do oxfordiano
Radiohead.
Como tantos combos prog, The Pineapple
Thief resolveu compactar suas canções, talvez pra tentar abocanhar mais
seguidores na faixa indie rock. Em setembro, saiu Magnolia, seu décimo
trabalho, com uma dúzia de canções, a mais longa durando meros 5:20 (nada pra
prog rock).
Missão cumprida: Magnolia vai direto ao
ponto, enfatizando guitarras e não teclados, como em muito prog. Alone At Sea,
a referida faixa “longa” exemplifica bem o álbum.
Momentos vibrantes, cujas melodias ficam
na cabeça, como em Simple As That, Breathe e Sense of Fear intercalam-se com
uma maioria de composições lentas ou mid-tempo.
Seria tudo melhor se não lembrasse tanto
Muse! Em sua tentativa de mudança, Soord soa perigosamente como o dramático
grupo de Matthew Bellamy. Mas, como competir – e sair ileso da inevitável comparação
– com o exagero multi-influenciado dos conterrâneos britânicos? Voz, arranjos,
guitarra, quase tudo lembra um Muse quadradão, incapaz de sintetizar elementos
díspares e personalizar as canções.
A edição de luxo apresenta versões
acústicas inferiores às do álbum principal e 2 inéditas com cara de sobras de
estúdio.
Agradável pra ouvir
enquanto esperamos pelo próximo álbum do Muse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário