Roberto Rillo Bíscaro
Mayer Hawthorne é produtor, arranjador, DJ, cantor e
compositor em cujas veias corre o pop da Motown, de Daryl Hall, da disco music.
Desde 2009 lançando álbuns e concorrendo a Grammys, não precisa ser perito pra
sacar suas influências. Ouçam isso e me digam se Holland-Dozier-Holland não
ficariam orgulhosos, a não ser talvez pelo “shitty fucking atitude”...
Jake One é mais envolvido com rap e hip hop e merece
atenção especial das pessoas com albinismo porque seu álbum de estreia White
Van Music (2008) gerou o single The Truth, petardo old school com o rapper
albino Brother Ali
Esses 2 branquelos norte-americanos se juntaram no duo
Tuxedo e lançaram álbum homônimo na primeira semana doe março. Sem qualquer
traço de rap/hip hop, o trabalho é puro eletrofunk de início dos anos 80.
Jamais poder-se-á acusar o Tuxedo de original, mas também
não deixam a festa retrô desanimar. As 12 faixas pulsam com milhares de beats
acompanhados de palmas e todos os truques e barulhinhos de quando Klymaxx,
Shalamar, Earth, Wind and Fire e Kool & The Gang abundavam nas rádios.
R U Ready, I Got U e Get U Home batem os pés em
continência ao gênio de Minneapolis até mesmo na ortografia. Quero ver um
oitentista ficar imune ao baixo gordo e a guitarra funkeada a la Evelyn
Champagne King de Number One.
Tuxedo não contém baladas, o mais lento que se chega é o
mid-tempo deslizante de Two Wrongs (e dá-lhe mais palmas, dessa vez mais devagar)
ou o sincopado instrumental de Tuxedo Groove.
Não há faixa ruim, mas o forte de Tuxedo é nas
em(baladeiras) de festas. Como resistir ao nananana de The Right Time ou à jam
de Watch The Dance?
Junto com o também revivalista
Chromeo (resenha aqui), Tuxedo anima qualquer qualquer hora, celebrando a
diversão, independentemente de o ouvinte ser oitentista. Basta amar um agito e
uma boa vibe negra.
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