quinta-feira, 23 de abril de 2015

TELONA QUENTE 117

Roberto Rillo Bíscaro

Sempre li elogios ao thriller Perseguição – a Estrada da Morte (2001, título original Joy Ride), no qual um caminhoneiro maluco persegue 3 jovens, porque 2 deles fizeram pegadinha de extremo mau gosto com o profissional da estrada.
Road movies de suspense têm tradição ilustre: como esquecer o antológico Duel (1971), do jovem Steven Spielberg?. Em 2004, o francês Alta Tensão misturou slasher com motorista de caminhão e reviravolta espetacular num filme memorável.
Estrada da Morte é competente, sem acrescentar nada ao sub-gênero, o que não é desabono. É pra se divertir e ficar ansioso. O carbonizado Paul Walker protagoniza o filme, que tem personagens, que, se não profundas, pelo menos não caricaturais como tantos no gênero terror.
Dá pra ver completo em português, no You Tube.

Como estava no clima e descobri que Joy Ride gerara 2 continuações lançadas diretamente pro mercado de DVD, conferi Joy Ride 2: Dead Ahead (2008) e Joy Ride 3 (2014). Ambos divertem, mas a qualidade e criatividade rolam ribanceira abaixo.
Influenciados pela bem sucedida franquia Jogos Mortais, as sessões de tortura aumentam progressivamente, resultando, no caso de Joy Ride 2 em pura indecisão sobre qual convenção seguir e no 3 na criação dum serial killer que mais um pouco viraria o novo Jason Voorhees tamanha sua onipresença e indestrutibilidade. O cara escapa ileso e andando duma daquelas máquinas que prensam automóveis! A fórmula permanece: jovens humilham o caminhoneiro e sendo aniquilados por ele. O nível de idiotice dos rapazes e moças é alto e desperta no espectador a incômoda torcida pra que morram mesmo.
Resumo da ópera: se você curte um bom suspense, veja o primeiro até mais confortável porque já dado na boquinha pelo You Tube. As continuações são pra quem não se importa com construção de personagens e se diverte com mortes ao estilo de Jogos Mortais, que particularmente não acho interessantes.

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