Roberto Rillo Bíscaro
Sempre li elogios ao thriller Perseguição – a Estrada
da Morte (2001, título original Joy Ride), no qual um caminhoneiro maluco
persegue 3 jovens, porque 2 deles fizeram pegadinha de extremo mau gosto com o
profissional da estrada.
Road movies de suspense têm tradição ilustre: como esquecer
o antológico Duel (1971), do jovem Steven Spielberg?. Em 2004, o francês Alta
Tensão misturou slasher com motorista de caminhão e reviravolta espetacular num
filme memorável.
Estrada da Morte é competente, sem acrescentar nada ao
sub-gênero, o que não é desabono. É pra se divertir e ficar ansioso. O
carbonizado Paul Walker protagoniza o filme, que tem personagens, que, se não profundas,
pelo menos não caricaturais como tantos no gênero terror.
Dá pra ver completo em
português, no You Tube.
Como estava no clima e descobri que Joy Ride gerara 2
continuações lançadas diretamente pro mercado de DVD, conferi Joy Ride 2: Dead
Ahead (2008) e Joy Ride 3 (2014). Ambos divertem, mas a qualidade e
criatividade rolam ribanceira abaixo.
Influenciados pela bem sucedida franquia Jogos Mortais,
as sessões de tortura aumentam progressivamente, resultando, no caso de Joy
Ride 2 em pura indecisão sobre qual convenção seguir e no 3 na criação dum
serial killer que mais um pouco viraria o novo Jason Voorhees tamanha sua onipresença
e indestrutibilidade. O cara escapa ileso e andando duma daquelas máquinas que
prensam automóveis! A fórmula permanece: jovens humilham o caminhoneiro e sendo
aniquilados por ele. O nível de idiotice dos rapazes e moças é alto e desperta
no espectador a incômoda torcida pra que morram mesmo.
Resumo da ópera: se você
curte um bom suspense, veja o primeiro até mais confortável porque já dado na
boquinha pelo You Tube. As continuações são pra quem não se importa com
construção de personagens e se diverte com mortes ao estilo de Jogos Mortais,
que particularmente não acho interessantes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário