sexta-feira, 1 de maio de 2015

PAPIRO VIRTUAL 92

Empreendedorismo da pessoa com deficiência é tema de livro


Capa do livro ‘Empreendedorismo Sem Fronteiras’

Cid Torquato, o autor, falou que o livro já contava com 2 mil exemplares adquiridos pelo SEBRAE, que irá distribuir para seu público.

Acaba de ser lançado na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo, o livro “Empreendedorismo Sem Fronteiras – Um Excelente Caminho para Pessoas com Deficiência”, escrito em coautoria pelo secretário-adjunto de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, Cid Torquato, e Fernando Dolabela, consultor, professor e autor de vários outros títulos voltados ao empreendedorismo.
Cid Torquato falou que o livro, antes de seu lançamento, já contava com 2 mil exemplares adquiridos pelo SEBRAE, que irá distribuir para seu público. Além disso, Torquato discorreu sobre a maior mensagem que o livro traz. “A principal razão da existência desse livro é querer passar algumas mensagens, uma muito importante é a do ‘eu posso’”. O secretário-adjunto ressaltou, ainda, que essa é uma mensagem essencial para quem tem deficiência. “Temos vários cases no livro. A mensagem básica vivenciada pelas pessoas que se deparam com a deficiência, em geral, é ‘você não pode’. Então, dizer para esse segmento da sociedade, para essas pessoas ‘eu posso’, ‘você pode’, é o mais importante”.
Os autores apresentam formas de empreender com viés na inclusão social, convidando as pessoas com deficiência aos desafios do empreendedorismo. Documenta possibilidades no horizonte da inclusão, como despertar o empreendedor e transformar o sonho em realidade produtiva. Aprofunda a discussão sobre inclusão e empreendedorismo, para que possam ser criadas políticas públicas de incentivo para que pessoas com deficiência se aventurem a empreender.
No Brasil, as dificuldades para entrar no mercado de trabalho são grandes para quem tem alguma deficiência, já que muitas empresas declaram não ter estrutura para contratá-las. Alegam, por exemplo, falta de rampas de acesso e piso tátil. Assim, a Lei de Cotas (que reserva em empresas com mais de cem funcionários de 2 % a 5% de seus postos a pessoas com deficiência) torna-se a única alternativa de inserção profissional. “É notório o preconceito que ainda há na sociedade. Há um potencial de 1,5 milhão de vagas de trabalho para pessoas com deficiência no país e só 360 mil são ocupados”, comenta Cid Torquato.
“Empreender pode ser alternativa muito positiva, tendo em vista que ter o próprio negócio possibilita definir com autonomia o ambiente de trabalho e a rotina do dia a dia, aspectos importantes para a inclusão de quem tem deficiência”, destacam os autores da publicação.
O livro “Empreendedorismo Sem Fronteiras – Um Excelente Caminho para Pessoas com Deficiência” está disponível pela editora Altabooks também em versão digital.

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