Ela diz que não pode trabalhar e perícia alegou que ela não é incapaz.
Dona de casa passa dificuldades e não consegue recorrer por causa da greve
Com problemas graves de visão em função do albinismo, a dona de casa Edinair Francisca da Mata, de 31 anos, afirma que não tem condições de trabalhar e depende de um benefício do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) para sobreviver, em Rio Verde, no sudoeste de Goiás. No entanto, o auxílio-doença foi suspenso neste mês, depois que a perícia alegou que ela não atende aos requisitos de incapacidade.
Para piorar, ela não consegue recorrer em função da greve dos servidores, iniciada no último dia 7 de julho. “Moro de aluguel, o [valor] daqui já é puxado. Para mim está sendo difícil porque o dinheiro que eu tenho mensalmente, tinha, aliás, era esse salário. Hoje não tenho nada. Estou vivendo com a ajuda de conhecidos”, lamenta a dona de casa, que tem uma filha de 7 anos.
Quando solicitou o auxílio-doença, há 12 anos, Edinair morava em Iporá, a cerca de 170 km de Rio Verde. Por isso, no último dia 1º de setembro, ela teve que ir até o município para passar pela perícia. Mesmo com a paralisação, ela foi atendida.
“A perita olhando para a gente já reconhece o problema de cada um de nós. Se ela tivesse um pouquinho de consciência veria isso. Ela falou que por ela estava tudo certo, mas a carta que eu recebi era falando que [o benefício] estava recusado por ela”, conta Edinair.
De acordo com a beneficiária, o documento expedido informa que ela “não preenche os requisitos estabelecidos” para receber o auxílio-doença.
Com isso, Edinair teme ficar sem o benefício definitivamente. O problema é que não consegue entrar com um recurso, já que não tem condições financeiras de voltar a Iporá, e os atendimentos estão suspensos em Rio Verde por causa da greve.
O INSS confirmou que o auxílio doença da dona de casa passou por revisão, como foi determinado pelo Tribunal de Contas da União. De acordo com o órgão, a suspensão do benefício ocorreu porque ela não atendeu aos requisitos de incapacidade para o trabalho durante a perícia.
O órgão destacou que mulher tem até esta quinta-feira (24) para apresentar defesa. Apesar da greve, o INSS a orientou a entrar em contato pelo telefone 153 ou pelo site do Ministério da Previdência Social.
Albinismo
O albinismo é caracterizado pela ausência completa ou parcial de pigmento na pele, cabelos e olhos. A doença pode ser considerada rara, já que aproximadamente uma em 20 mil pessoas têm um dos tipos do distúrbio. Por conta da condição genética, que provoca problemas de visão, Edinair diz que quase não enxerga.
A dona de casa possui um laudo de um oftalmologista atestando a deficiência visual. Além disso, há cinco anos, ela também faz tratamento com a dermatologista Angélica Gonçalves. A médica afirma que a paciente não tem condições de trabalhar.
“Ela precisa sempre, regularmente estar em tratamento, fazendo cauterizações, muitas vezes cirurgias que a gente faz para a manutenção da qualidade da pele. Tem laudo, inclusive do oftalmologista, atestando a cegueira dela”, explica a profissional.
NOTA: a reportagem em vídeo pode ser assistida no link abaixo:
Com problemas graves de visão em função do albinismo, a dona de casa Edinair Francisca da Mata, de 31 anos, afirma que não tem condições de trabalhar e depende de um benefício do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) para sobreviver, em Rio Verde, no sudoeste de Goiás. No entanto, o auxílio-doença foi suspenso neste mês, depois que a perícia alegou que ela não atende aos requisitos de incapacidade.
Para piorar, ela não consegue recorrer em função da greve dos servidores, iniciada no último dia 7 de julho. “Moro de aluguel, o [valor] daqui já é puxado. Para mim está sendo difícil porque o dinheiro que eu tenho mensalmente, tinha, aliás, era esse salário. Hoje não tenho nada. Estou vivendo com a ajuda de conhecidos”, lamenta a dona de casa, que tem uma filha de 7 anos.
Quando solicitou o auxílio-doença, há 12 anos, Edinair morava em Iporá, a cerca de 170 km de Rio Verde. Por isso, no último dia 1º de setembro, ela teve que ir até o município para passar pela perícia. Mesmo com a paralisação, ela foi atendida.
“A perita olhando para a gente já reconhece o problema de cada um de nós. Se ela tivesse um pouquinho de consciência veria isso. Ela falou que por ela estava tudo certo, mas a carta que eu recebi era falando que [o benefício] estava recusado por ela”, conta Edinair.
De acordo com a beneficiária, o documento expedido informa que ela “não preenche os requisitos estabelecidos” para receber o auxílio-doença.
Com isso, Edinair teme ficar sem o benefício definitivamente. O problema é que não consegue entrar com um recurso, já que não tem condições financeiras de voltar a Iporá, e os atendimentos estão suspensos em Rio Verde por causa da greve.
O INSS confirmou que o auxílio doença da dona de casa passou por revisão, como foi determinado pelo Tribunal de Contas da União. De acordo com o órgão, a suspensão do benefício ocorreu porque ela não atendeu aos requisitos de incapacidade para o trabalho durante a perícia.
O órgão destacou que mulher tem até esta quinta-feira (24) para apresentar defesa. Apesar da greve, o INSS a orientou a entrar em contato pelo telefone 153 ou pelo site do Ministério da Previdência Social.
Albinismo
O albinismo é caracterizado pela ausência completa ou parcial de pigmento na pele, cabelos e olhos. A doença pode ser considerada rara, já que aproximadamente uma em 20 mil pessoas têm um dos tipos do distúrbio. Por conta da condição genética, que provoca problemas de visão, Edinair diz que quase não enxerga.
A dona de casa possui um laudo de um oftalmologista atestando a deficiência visual. Além disso, há cinco anos, ela também faz tratamento com a dermatologista Angélica Gonçalves. A médica afirma que a paciente não tem condições de trabalhar.
“Ela precisa sempre, regularmente estar em tratamento, fazendo cauterizações, muitas vezes cirurgias que a gente faz para a manutenção da qualidade da pele. Tem laudo, inclusive do oftalmologista, atestando a cegueira dela”, explica a profissional.
NOTA: a reportagem em vídeo pode ser assistida no link abaixo:
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