Após ter a mão decepada, o garoto tanzaniano Baraka Cosmas Rusambo, de seis anos, está indo para a escola pela primeira vez e sonha ser médico quando crescer. Baraka é uma das cinco crianças com albinismo levadas da Tanzânia aos Estados Unidos, em junho deste ano, após terem sido vítimas de mutilação para rituais no país africano.
Atacado com um facão, Baraka, no entanto, ganhou uma segunda chance. Foi levado pela organização Global Medical Relief Fund para o país norte-americano, onde passa por tratamento e recebeu uma prótese.
Ao Daily Mail, o garoto contou que, desde que chegou aos EUA, o que mais o divertiu foi dançar com seus amigos. "Eu sempre gostei de dançar e desde que cheguei, eu tenho dançado ainda melhor", garante Baraka, que tem como canção favorita a música Nana, da cantora tanzaniana Diamond Platnumz.
A tutora de Baraka, Ester Mulungi, conta que, apesar de ter sido atacado por uma gangue, ter tido a mão decepada e vendida, o menino está sempre sorrindo e tem sido bem tratado por todos.
Segundo ela, depois de receber a mão protética a vida de Baraka mudou bastante. "Ele pode usar os banheiros de forma independente e também consegue escovar os dentes sozinho", conta Ester. "Ele ainda quer começar a tomar banho sozinho, mas eu ainda não deixo - continuo ajudando nisso", acrescenta ela.
Ansioso para ver a mãe e as irmãs, o garoto deve voltar para a Tanzânia, mas não quer voltar para a vila onde foi atacado. "Ele se sente bem e está muito feliz. Sempre sorrindo agora ele recebeu a prótese", conclui a tutora.
De acordo com a ONU, uma a cada 15 mil pessoas são afetadas pelo albinismo na Tanzânia. Essas pessoas, adultos ou crianças, correm risco de serem atacadas mesmo após o governo tanzaniano ter proibido a prática da feitiçaria para tentar diminuir o número de ataques.
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