terça-feira, 27 de outubro de 2015

A MALDIÇÃO DE DAR SORTE

Habituado a dar brilho à Cartier ou à Van Cleef & Arpels, Patrick Gries desceu às trevas para fotografar os albinos da Tanzânia. Aqui, a doença genética que afeta um em cada 1400 habitantes já limita o tempo de vida. A morte aproxima-se ainda mais em eleições – 25 de outubro –, com crianças e adultos vítimas de feiticeiros e políticos supersticiosos
Esta semana, um dos candidatos à presidência da Tanzânia, cujas eleições se realizam este domingo, 25, afirmou que a «caça aos albinos» é uma «vergonha nacional». John Magufuli referia-se à as atrocidades a que se sujeitam as pessoas que sofrem da doença genética também conhecida como acromia e que afeta um em cada 1400 tanzanianos, sete vezes mais do que no resto do mundo. Velhas tradições e crendices, a par do comportamento irresponsável de feiticeiros e políticos, fazem com que os albinos sejam perseguidos e desmembrados para que diferentes partes dos seus corpos sejam usadas como amuletos da sorte. Um fenómeno que costuma agravar-se em periodos eleitorais. Nos últimos 15 anos, as ONU tem identificados 76 homicídios em que os cadáveres dos albinos foram depois vendidos e cujo valor pode ascender a 75 mil dólares.







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