segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

CAIXA DE MÚSICA 201

Roberto Rillo Bíscaro

41 minutos que passam rápido demais descrevem a experiência de ouvir Vivid, terceiro álbum da norte-americana Vivian Green, lançado em agosto pelo pequeno selo Make Noise. Num planeta ideal, as 13 faixas teriam escalado boas posições nas paradas, mas o mundo sendo como é, a colocação mais alta que sei é um décimo na parada R’n’B da Billboard. Malgrado a falta de reconhecimento mais amplo, lamentada por resenhistas, Green canta que pode não ser a garota mais famosa do mundo, mas é feliz e grata pelas bênçãos recebidas, na inspiradora e autobiográfica Count Your Blessings.
Na verdade, 3 das faixas são interlúdios – não sei porque raios tantas divas negras ano passado puseram essas perdas de tempo nos álbuns. O de abertura, Jordan’s Intro, pelo menos tem valor sentimental, porque tem participação de seu filho Jordan Green, que tem necessidades específicas e pelo qual interrompeu a carreira por 3 anos.
O negócio pega fogo mesmo a partir da faixa terceira. Vivid tem baladas certeiras, como I’m Not Broken, o arrasante dueto All I Want Is You, Disrespectful, com seus violões hispânicos e Just Like Fools, com sua inflexão de spiritual. 
Pra dançar, há o disco de Work; o eletrofunk de Get It Right Back; a volta aos girl groups dos anos 60, da super-Supremes 123 e o inquieto baixo do disco funk Leave It All Behind. A saideira Outro só reforça minha impaciência com interlúdios: como desperdiçar um groove eletrofunk à Shalamar daqueles, com falação e apenas alguns segundos?
Mas, os interlúdios não estragam Vivid, não se preocupem e ouçam com fé no Youtube:

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