Roberto Rillo Bíscaro
Quando resenhei a primeira temporada de Arne Dahl,
afirmei que se matassem Viggo Norlander, enlutaria. Não mataram, mas meu
personagem favorito nas adaptações dos romances de Jan Arnald não retornou pra
segunda temporada, exibida na Suécia em fevereiro do ano passado. Recomendo a
leitura da postagem sobre a temporada inicial, aqui.
Na adaptação dos 5 últimos casos do A Gruppen, o
veterano detetive fora promovido e a Unidade conta com uma jovem estagiária,
capaz de falar diversas línguas (e que ao longo dos 10 episódios usa essa
habilidade não mais que uma vez). Ainda existe interesse tanto na trama detetivesca,
quanto nos relacionamentos dos policiais, ainda que apenas alguns ganhem
destaque. Do finlandês Arto, por exemplo, sabemos apenas que tem esposa e 5
filhos. Já de Kerstin e Paal só falta aprender qual a cor favorita da roupa
íntima. Achei injusto, porque com a saída de Viggo, Arto passou a ser meu
favorito.
Mimimi de lado, essa segunda leva apagou o faxineiro
com poderes de realismo mágico, a grande bobagem da temporada anterior. Fora
isso, nada muito distinto; tramas que aparentemente desconexas vem a se cruzar
e apontam novos encaminhamentos e desfechos são rotina em todos os episódios,
que trazem temas como imigrantes envolvidos com a máfia polaca, tráfico de
mulheres, restolhos de espionagem industrial da época da Stasi e as consequências
explosivas de bullying praticado/sofrido na adolescência.
Assim como a dinamarquesa Ørnen: En krimi-odyssé e
qualquer encarnação d'A Ponte, o tema de abertura de Arne Dahl é em inglês com
sotaque. Será que já é de olho em exportação? Por falar em BronIIIBroen, o
sucesso mundial de Saga Noren não podia ter passado batido e uma personagem
menciona os DVDs da segunda temporada do maior sucesso da TV sueca.
Essa fornada de Arne Dahl é legal e comanda atenção,
mas se você não tiver visto as 5 primeiras adaptações, prefira-as.
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