quarta-feira, 11 de maio de 2016

MACEIÓ DISCUTE VIOLÊNCIA CONTRA ALBINOS

Grupo de albinismo da SMS discute sobre violência

O Grupo de Albinismo do Programa de Atenção à Pessoa com Deficiência (PAPD) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) reuniu-se nesta segunda-feira (09), no auditório da SMS, para seu encontro mensal. Na ocasião, a coordenação e os usuários discutiram os diversos tipos de violência enfrentados pela população albina, além de questões de legislação referentes à criação da Associação Estadual de Albinismo e Baixa Visão, que tem o objetivo de garantir direitos específicos aos albinos.
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A discussão sobre os tipos de violência foi conduzida pela Liga Acadêmica LAISP da Faculdade Maurício de Nassau. De acordo com Tereza Daniele, enfermeira da Liga, a população albina enfrenta muitos tipos de violência, entre as principais estão a violência na indústria da beleza, do mercado de trabalho, da mídia e violência doméstica. “Os albinos encontram muitas dificuldades em encontrar produtos adequados para a pele, cabelos, além de sofrerem preconceito no mercado de trabalho, por conta da baixa acuidade visual. Sem falar que não se sentem representados pela mídia”, explica.
“Muitos são eliminados de entrevistas de empregos, sofrem bullyng nas empresas que trabalham e são vítimas de violência doméstica. É preciso que eles tenham consciência de tudo isso para que possam lutar por seus direitos”, acrescentou  a enfermeira Tereza Daniele.
Já Walkíria Lúcio Lins, presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, conversou com os albinos sobre a importância da luta por direitos e da necessidade da criação de uma associação como forma de garanti-los. “Precisamos discutir várias questões jurídicas sobre a criação da associação e do seu estatuto, de forma que possa atender as necessidades e direitos desse público”, afirmou.
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Ao final da reunião, foi realizada uma dinâmica com os usuários, que se dividiram em quatro grupos para discutir porque a mídia, a indústria da beleza e o mercado de trabalho não o satisfazem e o que a violência doméstica representa para cada um deles.
Como fazer parte do grupo?
Os pacientes que desejam fazer parte do grupo e receber protetores solares devem levar RG, CPF, Cartão SUS, comprovante de residência e encaminhamento do dermatologista e oftalmologista atestando o albinismo e a baixa visão na coordenação do PAPD para efetivar o cadastro. O único critério exigido é ser residente do município de Maceió.
Após o cadastro com os documentos, o paciente será encaminhado para o dermatologista e para um Centro Especializado em Reabilitação visual da Sociedade Pestallozi para as consultas oftalmológicas. Assim, ele passará por todo o acompanhamento médico e poderá ser atendido pelo Grupo de Albinos de forma integral.

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