terça-feira, 13 de setembro de 2016

TELINHA QUENTE 229

Resultado de imagem para lightfields
Roberto Rillo Bíscaro

A iTV contentou-se tamanho com a audiência de Marchlands (2011), que em 2013 exibiu outra minissérie de casa mal-assombrada, cuja história se passa em 3 épocas. Apesar de haver gostado de Marchlands e saber da existência da sucessora Lightfields, demorei anos pra vê-la. Poderia ter tardado mais uma geração que não teria feito a menor diferença. Irrecomendável.
Em 1944, uma linda campesina morre incinerada no incêndio dum celeiro, depois de haver perdido a virgindade prum soldado norte-americano. Lightfields é o nome da casa que será palco de eventos sobrenaturais em 1975 e 2012, quando residentes de algum modo conectados à morte de Lucy lá se instalam. O fardo do espectador é esperar 5 capítulos em sua maior parte tediosos e desnecessários (daria pra contar a história em 2, estourando, 3) pra resolução insatisfatória duma historinha sem história.
Quando o fantasma garante sustos e/ou suspense, perdoamos aquelas infantilidades de mensagens desconexas escritas em espelhos, mas no mundo de Lightfields, desprovido de suspense ou drama, temos de ser implacáveis. Se a maldita assombração era capaz de compor meia folha em máquina de escrever, porque diabos já não disse logo quem era culpado e quem inocente? A tostada Miss Felwood é bem rápida pra castigar quem a comeu, como se ele fosse o culpado. Por que então esperou 60 anos pra eximir o pobre irmãozinho da culpa que carregava? No fim das contas, Lightfields é tão moralista quanto um slasher oitentista: quem paga é quem transa.
Se você curte casa mal-assombrada, fuja de Lightfields e fique com Marchlands, The Enfield Haunting ou mesmo The Secret Of Crickley Hall, que dá de 10, mesmo não sendo tão boa.

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