Roberto Rillo Bíscaro
Ao resenhar o eficiente home invasion film Don’t Breathe, brinquei que era um Esqueceram de
Mim do mal. Pois não é que no domingo vi produção do mesmo gênero, com Rory
Culkin, irmão do astro noventista? Intruders (2016) é conhecido por mais 2
nomes: Shut In ou Deadly House. Bem-vindo ao maravilhoso mundo dos filmes B.
Não é tão legal quanto Don’t Breathe, mas é recomendável.
Anna tem agorafobia - medo de estar em espaços abertos ou
no meio de multidão – devido a um trauma e não sai da grande casa há uma década.
Seu contato com o mundo exterior é o irmão Conrad, que está morrendo de câncer.
Ela também simpatiza muito com o jovem que lhe entrega comida (Rory Culkin);
até lhe oferece dinheiro, porque tem um monte guardado na residência. Durante o
funeral de Conrad, 3 gatunos invadem a casa pensando estar vazia. Mas, Anna
ficara com medo de ir e permaneceu. Eles não contavam com isso, nem com a
astúcia da “indefesa” loira, tampouco com as arapucas embutidas na construção.
Boa parte de Intruders é cheia de suspense e complexidade
psicológica, porque Anna não tem só agorafobia e pra quem tem dó de gente
encurralada, os moços passam a ser as “vítimas”. Disso não padeço; entraram
porque quiseram, então que se lasquem! Fui Anna o tempo todo, até porque Beth Riesgraf
está ótima e meio Gwyneth Paltrow, Emily Vancamp, Monica Potter, daí não
resisto.
Felizmente, jamais descamba pra filme de tortura à Jogos
Mortais, mas ele influenciou o roteiro de T.J. Cimfel e David White. O diretor
Adam Schindler soube aproveitar o espaço da casa e extrair o melhor do elenco.
Tudo vai bem até o final inverossímil, que, se não estraga, pelo menos mostra
que roteirista e diretor não souberam lidar com a boa ideia que tiveram.
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