quinta-feira, 17 de novembro de 2016

TELONA QUENTE 176

Resultado de imagem para the dead room film
Roberto Rillo Bíscaro

Filmes lentos no início, preparando o espectador pralguma reviravolta mirabolante não são incomuns no mundo do horror. É jogada perigosa, mas dá pra ser feita, se roteirista e diretor forem talentosos, não tiverem preguiça de pensar e dispuserem de algum orçamento. The House Of The Devil tensiona “apenas” criando suspense sufocante.
Infelizmente, isso não ocorre no decepcionante The Dead Room, produção neozelandesa do ano passado. Após uma família fugir duma cabana supostamente mal-assombrada, a seguradora envia 3 caça-fantasmas pra verificarem a veracidade dos fatos. As personagens são clichê, mas até aí tudo OK: tem a médium que afirma ver assombração e aconselha o trio a vazar, mas deixa-se convencer a permanecer tão facilmente quanto se estivesse num acampamento de verão; tem o senhor técnico e “científico”, que insiste em que tudo está dentro da normalidade, mesmo em meio a uma tempestade eólica surgida do nada ou móveis voando e tem o moço responsável pela parte técnica. Comportamentos absurdos e/ou incoerentes também não são raros em filmes de horror e fãs do gênero estão preparados pra aceitá-los até como convenção.
O pecado mortal de The Dead Room é ser morto na primeira hora e pouco e ter alguma ação apenas nos 8 derradeiros minutos, num clímax inesperado, mas que corre até o risco de ser perdido porque o espectador desistiu de ver a película ou porque está dormindo. Que medo dá lustre balançando ou mesa voando, sem que clima algum tenha sido preparado pra acreditarmos emocionalmente que possa haver um fantasma ali? A não ser que você se apavore com o lustre horrendo que escolheram, cruzes! Há a usual pancada numa hora determinada, 3 da manhã (Amytiville, hello, lá eram 3:15), mas assustar com efeito sonoro é barato demais; não é por causa da trama, mas porque se está distraído ou, nesse caso, enfadado.
Descobri completo no Youtube. Só não se deixem levar pelo “best”.

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