Modelos plus size, albina e com vitiligo discutem inclusão na indústria
Fabiana Saba, Eliane Medeiro e Andreza Aguida falaram sobre autoestima
RIO - A moda está ficando realmente mais inclusiva com o uso de modelos que fogem a um padrão de beleza? O que ainda falta para deixarmos de discriminar mulheres por sua aparência física? Fo ram essa s dúvida s que as modelos Fabiana Saba, Eliane Medeiro e Andreza Aguida levaram ao debate no ciclo de palestras “Elas por Elas”, no VillageMall. A conversa foi mediada pela editora do ELA, Renata Izaal.
— É muito difícil para uma mulher olhar para o espelho e gostar do que vê. Por isso, temos que fazer esse exercício, olhar e falar que gostamos do jeito que somos — aconselhou Fabiana, que fez sucesso nos anos 1990 e retornou à moda como plus size — Vestia 34 e agora visto 44. Tudo isso é parte de mim, e quero mostrar no Instagram. Quero mostrar minhas imperfeições.
Fabiana contou ainda sobre ter passado por um processo de aceitação que incluiu encontrar uma forma de lidar com os “haters” da internet:
— As pessoas comentavam na internet: "olha só a Fabiana Saba, como ficou gorda". No começo isso me magoava, mas aí parei para pensar: "o que é beleza"? Feio é quem está falando isso, quem está impondo isso.
Idealizadora do grupo "Albinos do meu Brasil e do mundo" no Facebook, Andreza Aguida também falou sobre a perseguição na internet.
— Há anos, ainda no Orkut, procurei uma comunidade para albinos e o que encontrei no lugar foi uma comunidade chamada "Tenho medo e nojo de albinos” — observou Andreza, que também motivou os ouvintes a trabalharem a autoestima. — Em vez de falar se você tem cara de boneca, se pergunte: "por que não há bonecas com a minha cara?" — provocou a modelo.
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