Roberto Rillo Bíscaro
Fjällbacka é um lugarejo na costa ocidental sueca, que
mal tem 1.500 habitantes, mas ficou famosa entre fãs de literatura policial,
por ser cenário dos romances de Camilla Läckberg, traduzidos em dezenas de
idiomas e vendidos aos milhões. Há alguns anos, a TV sueca produziu meia dúzia
de adaptações de cerca de 90 minutos cada. Em conjunto essas leituras pra TV
foram batizadas de Fjällbackamorden.
As tramas centram-se na bem-sucedida novelista policial
Erica Falck, que retorna à pesqueira Fjällbacka com o maridão policial e
filhinhos. Resolvendo crimes amadoristicamente, Falck é uma espécie de Jessica
Fletcher - a escritora policial de Murder, She Wrote – interpretada por uma
atriz à Emily Van Camp. Não sei se vi na ordem errada, mas só percebi que era
escritora no terceiro filme; é tudo muito discreto.
E aí está o grande senão de Fjällbackamorden: tudo é tão
comedido, que dá sono. A pasmaceira da cidadezinha transporta-se pras tramas.
Sem exceção, os filmes intercalam cenas do passado pra explicar o porquê dos
crimes na atualidade. Seria legal, mas a duração é excessivamente longa pra
pouco enredo. Não dá pra empatizar com Falck e é uma falação dos diabos sem
acontecer nada de relevante por minutos a fio. Sendo Escandinávia, lógico que a
cinematografia é espetacular, mas se for pra ter esse bônus, a norueguesa Varg
Veum concilia boas histórias e imagens de dar água nos olhos.
Se for pra recomendar série
sueca policial, criminoso perder tempo com Fjällbackamorden e deixar de ver
Irene Huss e a primeira temporada de Arne Dahl.
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