Roberto Rillo Bíscaro
Os últimos quadrinhos que li foram do Sandman, na
primeira metade dos 90’s. Filmes de super-herói feitos pra cinema apenas
conseguem me entediar, quando tento vê-los. No início do ano, o amigo argentino
Carlito visitou e pediu pra ver uns do lucrativo subgênero. Nem o estelar
Stellan Skarsgard em vários me fazia esquecer completamente do celular, onde
jogava Best Fiends. Justiça seja feita: consegui ver O Homem Formiga inteiro,
porque é tão ruim que é bom; os demais, pelo blá blá blá ouvido e cenas
espiadas, são apenas ruins.
O exposto nem é pra chocar (muito); é pra pontuar minha
falta de familiaridade com genealogias heroicas e novos rumos e tendências.
Tenho na cabeça os tipos de histórias da época dos desenhos dos Superamigos,
embora saiba por cima que hoje há heróis gays, alguns morrem, outros são bem
ambíguos. Por ter curtido a instrução obtida com a maratona de versões do
Homem-Aranha pras telinhas, dei uma sacada em como a Liga da Justiça, aquela
dos velhos Super-Amigos, é imaginada pra gurizada do século XXI. Como são
episódios de 20 minutos, não enferrujam meu saco como a charanga de 2 horas do
Homem de Ferro na telona.
Vi 5 temporadas de Justice League e Justice League
Unlimited, exibidas pela Cartoon Network no início deste século. Já velhuscas,
portanto! Deu pra perceber que adicionaram o Unlimited, porque na terceira
temporada a Liga da Justiça inflaciona-se drasticamente com penca de heróis,
que nós leigos e espectadores casuais sequer conseguimos decorar os nomes.
Parece que tem até uma brasuca, de cabelo verde. Não tencionava verdadeiramente
aprender o nome de nenhum; já me bastam os tradicionais Super-Homem, Mulher
Maravilha e meia dúzia mais. Estava mesmo interessado no teor e tratamento das
histórias, então foi de boa, mas se quisesse ter aprendido nomes, há gente
demais pra oportunidade de menos pra que todos se destaquem, porque os
produtores não podiam se dar ao luxo de histórias sem o Flash, Lanterna-Verde e
outras estrelas.
No novo milênio, a relação da Liga com a terra é bastante
dúbia; até setores do governo querem coibi-los. Como no Homem-Aranha, bobo do
coroa que vier com aquele papo de “não se fazem mais desenhos como antigamente”
comparando com a Liga setentista. Essas histórias são muito mais adultas e
intricadas do que as de minha infância, caraca! Os heróis são torturados, se
machucam e gemem pra burro durante as lutas. Já não é mais tão apolíneo e fácil
como outrora.
Prum coroa acostumado com o
Batman camp dos 60’s e o positivo dos
desenhos dos Super-Amigos, dá dó dessas versões melancólicas desde que lhe
quitaram seu Boy Magia, oops, Menino Prodígio, Robin. Deixem Bruce ser feliz e
tragam o garotão de volta, roteiristas invejosos!
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