Uma criança do sexo masculino, de apenas três anos de idade, com problemas de pigmentação da pele, foi raptada por pessoas ainda não identificadas, após introduzirem-se na residência a mãe, na passada sexta-feira (28), no distrito de Angónia, na província de Tete, informou o Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM).
O caso aconteceu no bairro Makuangaual, segundo a Polícia, que não avança detalhes sobre a ocorrência. Contudo, disse que o rapto foi denunciado pela mãe da vítima, de 26 anos de idade, identificada pelo nome de M. António.
O Comando-Geral disse ainda que estão em curso diligências com vista ao resgate da criança e detenção dos presumíveis raptores.
É o primeiro episódio de género que ocorre este ano em Tete, onde, entre 2015 e 2016, foram reportados vários casos de rapto e assassinato de albinos. Trata-se de um crime que abalou o país inteiro e ocorria com maior incidência em Nampula.
Segundo o informe de 2016 da Procuradoria-Geral da República (PGR), apresentado em Abril passado, à Assembleia da República, Tete registou oito casos de tráfico de pessoas para a extracção de órgãos, contra três no Niassa e dois na Zambézia. Manica, Sofala e Cabo Delgado registaram um cada tráfico.
Em Janeiro deste ano, no Niassa, um miúdo de sete anos de idade, com albinismo, foi também raptado por quatro indivíduos desconhecidos, depois de arrombaram a porta de casa enquanto a família estava a dormir.
Nunca mais se soube, publicamente, se o rapaz foi ou não resgatado, nem se os raptores foram detidos.
O informe anual da PGR é vago em relação a este problema. O mesmo refere que o Plano de Acção Multissectorial criado pelo Governo, em 2015, para lidar com o mal acima exposto, permitiu que o tráfico e/ou assassinato de albinos reduzisse de 51, em 2015, para 15, em 2016.
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