quarta-feira, 24 de maio de 2017

PROJETO FOTOGRÁFICO PORTUGUÊS


Dia 15 de julho, será inaugurada a exposição  Albino Não Morre, Só Desaparece, na cidade portuguesa de Matosinhos. O título faz referência a uma superstição de certas regiões africanas. Nesses locais, aos albinos são atribuídas características sobrenaturais. Dentre elas, a ideia de que não falecemos, simplesmente desaparecemos.  

Veja o press release da exposição:


A exposição exibe imagens do fotojornalista Daniel Rodrigues, realizadas em reportagem para o New York Times.

"Albino não morre, só desaparece!" é uma frase que nunca fez tanto sentido como hoje. A culpa ora recai nos curandeiros, ora na máfia de tráfico de órgãos. Subsiste a crença de que quem possuir um pedaço do corpo dum albino terá sorte ou dinheiro na vida. As imagens aqui expostas mergulham numa realidade sombria: desde 2014 que albinos de Moçambique e Malawi têm sido vítimas de sequestros, assassinatos e túmulos vandalizados. Lá são chamados de "dinheiro". No Malawi, desde janeiro 2015, num universo de 4.000 albinos, foram registados 19 homicídios e 100 casos de sequestros e tentativas de sequestro. Moçambique tem aproximadamente um albino por cada 16.000 habitantes e relatou cerca de 50 casos de abusos. O presente trabalho é um testemunho cru e um grito de alerta para esta realidade.

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