Para Acabar com o “Estigma” Contra os Albinos do País de
Gales
Ceri Coleman-Phillips
(Tradução: Roberto Rillo Bíscaro)
Protestos têm sido feitos para acabar com o estigma e os
estereótipos a respeito dos aproximadamente 175 albinos do País de Gales.
A rara condição genética, que afeta uma em cada dezoito
mil pessoas, limita a produção de melanina – pigmento que dá cor ao cabelo,
pele e olhos.
Um paciente galês, disse que “representações negativas”,
inclusive em filmes, têm efeito negativo.
A organização humanitária Albinism Fellowship afirmou
estar trabalhando para despertar conscientização.
Há dois tipos de albinismo: um afeta a pele, cabelo e
olhos (albinismo oculocutâneo) e o outro, apenas os olhos (albinismo ocular).
Segundo outro paciente, falta de conhecimento e estigma
associado ao albinismo existem no País de Gales. Neil Jones, 40, de Llanidloes,
Powys, tem albinismo ocular e tem visão subnormal. Ele contou que pessoas com a
condição são frequentemente estereotipadas graças, em parte, a “representações
negativas”, sendo que os filmes de Hollywood são campeões nisso.
Jones relatou que uma pesquisa entre filmes realizados no
período de 1960 a 2006, mostrou albinos como personagens negativas. “Isso não ajuda
a esclarecer as pessoas e parece afirmar, de certo modo, que somos maus”, reclamou.
Em Gales, não há auxílio específico para pessoas com
albinismo.
A organização de caridade oficial para pessoas com
albinismo no Reino Unido, a Albinism Fellowship, esclarece que, dado que apenas
três mil indivíduos apresentam a condição nas ilhas, não muitas pessoas
conhecerão um albino, algo que afeta a percepção geral.
Sem Voluntários no País de Gales
A organização é gerida por voluntários, cujo “objetivo é
proporcionar informação e apoio.”
A presidenta da organização, Roselle Potts, relatou que
eventos sociais são realizados, onde pessoas afetadas pelo albinismo podem se encontrar
e compartilhar experiências.
Um desses eventos foi recentemente realizado em Cardiff,
onde “crianças albinas encontraram outras também com albinismo, pela primeira
vez”.
Potts espera usar sua posição como presidenta para
incentivar a adesão, uma vez que atualmente não há um só voluntário em Gales.
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