quarta-feira, 16 de agosto de 2017

EDUCAÇÃO ALIMENTAR ALBINA EM MACEIÓ

Oficina oferece educação alimentar a pessoas com albinismo

A educação alimentar e nutricional foi o foco central das atividades desta segunda-feira (14) da reunião mensal do Grupo de Pessoas com Albinismo e Baixa Visão. Coordenado pela Gerência de Atenção à Pessoa com Deficiência (GAPD) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o encontro contou com a parceria da equipe de nutricionistas e estagiárias da Gerência de Promoção e Educação em Saúde (GPES), que procurou estimular os pacientes a adotarem hábitos e uma alimentação mais saudável.

“Os pacientes com albinismo têm uma grande dificuldade de absorção de algumas vitaminas. A Vitamina D é uma delas, pois eles não podem ficar expostos ao sol para ajudar nessa absorção pelo organismo. Daí, e também por outros fatores, a necessidade de ajudá-los a escolher melhor os alimentos”, afirma a assistente social e responsável técnica pelo grupo na GAPD, Luciana Ferreira.

Para facilitar o entendimento de todo o grupo – especialmente dos participantes com baixa visão –, a oficina sobre o tema foi montada de forma lúdica, com dinâmicas diversificadas. Sob a supervisão das nutricionistas Juliana Lyra, Kelly Barros e Adriana Paffer, o tema foi abordado com a participação das acadêmicas Bruna Lemos e Palloma Araújo, do curso de Nutrição da Ufal, procurando focar numa alimentação mais adequada à prevenção da ocorrência e auxiliar no enfrentamento de doenças como diabetes, hipertensão e obesidade.

“Tomamos como base as diretrizes da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) e o Guia Alimentar para a População Brasileira 2015, que chama a atenção para a necessidade de um cuidado maior com a alimentação, dando prioridade ao consumo de alimentos in natura e alertando para o risco da ingestão dos alimentos processados ou ultraprocessados, estes com grande teor de sal, açúcar, óleos e conservantes”, reforça a nutricionista da GPES, Kelly Barros.

Ao final da oficina, que utilizou até caixas decoradas com as cores de um semáforo, para indicar o grau de risco à saúde com os alimentos expostos, os participantes levaram todas as informações que receberam para relembrar em casa – inclusive os 10 passos para uma alimentação saudável – de forma divertida: em formato de cordel.

Albinismo

Uma a cada 17 mil pessoas no mundo apresenta alguma forma de albinismo, o que torna essa característica rara. O albinismo é a incapacidade de um indivíduo em produzir melanina, que é um filtro solar natural e que dá cor à pele, pelos, cabelos e olhos. O albino não consegue se defender da exposição ao sol e a consequência imediata é a queimadura solar, principalmente na infância, quando o controle é mais difícil. Sem a prevenção, os pacientes envelhecem precocemente e desenvolvem cânceres de pele agressivos e precoces.

O grupo

O grupo de pessoas com albinismo e baixa visão foi criado em 2009, com a finalidade de compartilhar orientações e informações sobre saúde e direitos dessa população. Desde o último mês de março, a SMS garantiu à população de albinos do município o acesso facilitado ao atendimento em dermatologia na rede pública, assim como o encaminhamento adequado em reabilitação visual, que passou a ser feito pelo CER da Pestalozzi e pela Apae Audiovisual.

Além disso, Maceió, que já tinha o fornecimento de protetores solares para esses usuários desde 2012, teve esse direito assegurado, por meio da aprovação da Lei Municipal nº 6.605/2017, na Câmara Municipal.

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