Nova série de super-herói negro tem vilão albino e denuncia violência policial
Depois de usar alienígenas e superpoderosos como metáforas para discutir preconceito e imigração em Arrow, Flash e Supergirl, o produtor Greg Berlanti deixa a sutileza de lado com Raio Negro, sua nova produção sobre super-heróis da DC Comics. Com um negro no papel principal e um vilão albino, a série coloca o dedo na ferida ao abordar racismo e violência policial.
O primeiro episódio de Raio Negro, que chega hoje (23) à Netflix, mostra como o herói volta à ativa depois de anos sem vestir seu uniforme ou usar seus poderes. Seu alter ego, Jefferson Pierce (Cress Williams), decidiu se aposentar depois de sua mulher (Christine Adams) pedir o divórcio, cansada de ver o marido arriscar a vida.
Porém, Pierce precisa voltar à ativa depois que sua filha caçula, Jennifer (China Anne McClain), se envolve com o membro de uma gangue e a segurança dela é comprometida. Para proteger a família, Raio Negro cancela sua aposentadoria e descobre que, mais do que seus parentes, toda a comunidade precisa de ajuda.
Quem espera uma série repleta de cenas de ação pode se decepcionar: o herói só veste sua roupa e parte para o ataque nos últimos sete minutos do episódio. O resto do tempo é dedicado à construção da história e à crítica social.
Logo no início, por exemplo, Jefferson está dirigindo seu carro quando é parado pela polícia, que procura o ladrão de uma loja. Mesmo vestido com terno e gravata, e em um veículo de luxo, ele é algemado pelos policiais (brancos) e levado com violência para ser reconhecido pela vítima. Quando é liberado, não ouve sequer um pedido de desculpas pela brutalidade.
O vilão albino é Tobias Whale, interpretado pelo rapper Marvin "Krondon" Jones 3º. Ex-político de grande influência na cidade, cresceu no poder usando a corrupção a seu favor. Depois de ser denunciado, trocou o poder oficial pelo das ruas, liderando a gangue d'Os 100, que manda na região.
De acordo com o produtor Greg Berlanti, a série do Raio Negro se passa em um universo à parte de suas outras séries. Portanto, o herói negro não deve se juntar a Flash, Supergirl e companhia nos grandes eventos anuais que reúnem ddezenas de heróis. Porém, um boletim televisivo faz referência a pessoas com superpoderes em outras cidades, preparando o terreno para um eventual crossover.
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