Roberto Rillo Bíscaro
Em 2009, Jimmy Adams perdeu seu emprego regiamente pago,
em Wall Street. Pra ele, a crise financeira não foi marolinha. Só que Adams
estava saturado do mundo antiético das altas finanças e buscou emprego servindo
mesas numa franquia popular nos EUA, a Waffle House. Lá conheceu a realidade
encoberta dos funcionários ex-presidiários, da classe baixa que não sabia dos
atalhos pra fazer seu dinheiro render mais pra mandar o filho pra faculdade e
de limpar banheiros.
Treinado, educado, com contatos e mente pra negócio,
Adams relatou essa experiência em livro, em 2010. Cinco anos depois, a obra
inspirou o filme Waffle Street, que parodia o nome da famosa rua dos negócios
nova-iorquina.
Presenta no catálogo da Netflix, Waffle Street está bem
longe de ser obra-prima em roteiro ou interpretação, mas inspira no sentido de
que é possível ser feliz sem uma mansão/Ferrari e, principalmente, por mostrar
a história de alguém que tomou as rédeas da vida e fez algo significante.
Não dá pra esquecer que Adams tem ponto de partida
vantajoso em relação a seus colegas de trabalho essencialmente na periferia do
feliz capitalismo norte-americano. Mas, daí, pra quem assiste fica a lição:
prepare-se, gabarite-se, capacite-se!
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