Pela primeira vez, Vogue tem modelo albina na capa
Modelo e ativista sul-africana Thando Hopa é a primeira mulher albina a aparecer em uma capa da revista
A modelo e ativista sul-africana Thando Hopa é a primeira mulher albina a aparecer em uma capa da revista Vogue. Ela estampa a edição de abril da versão de Portugal da publicação com o título “African Motherland”.
Em um post no Facebook, a modelo explica como ela sempre faou com amigos o quanto seria “adorável ver” uma modelo com albinismo enfeitando a capa de uma revista Vogue, mas nunca imaginou que seria ela.
Thando foi considerada uma das mulheres mais influentes de 2018, e diz o quanto sonha com o fim dos estigmas relacionados ao albinismo: “Sou sentimental, vejo progresso e faço parte dessa história progressista. Cheguei a um lugar na minha carreira onde aprecio cada parte do meu corpo e sei que, onde quer que eu vá, minha existência, do jeito que é, sempre e sempre será o suficiente”.
Pouco tempo da capa ser postada, a reação do público era particularmente positiva e parabenizando a iniciativa da revista em escolher Thando.
As imagens para a Vogue foram feitas pelo fotógrafo Rhys Frampton.
Eis a reportagem.
Thando Hopa: "Enquanto mulher negra, africana e pessoa com albinismo lutei toda a minha vida pelo empoderamento"
É negra. É africana. É mulher. E tem albinismo.
Thando Hopa (e não hope, num trocadilho feliz com a palavra esperança)
podia ser descrita apenas com estas características, não fosse o sangue que
lhe corre nas veias, de um ativismo ensurdecedor. Tão ensurdecedor que ser
procuradora e modelo não foi suficiente, e é nas palavras que se expressa
enquanto ser pensante que luta contra todos os preconceitos do mundo. Às vezes
meia palavra basta, mas Thando Hopa tem tanto para dizer, que é bom ouvi-las
todas.
O que é queria ser em miúda?
Durante muito tempo queria ser um milhão de coisas,
mas acabei por ficar muito focada em ser atriz, curiosamente. Queria muito
representar, mas o meu pai tinha uma filosofia diferente, queria que eu fosse
contabilista. Portanto Direito acabou por ser o nosso meio-termo.
Ia
perguntar-lhe se o Direito tinha sido a sua forma de lutar contra as injustiças
do mundo, mas sendo assim pode dizer-se que foi por acaso.
[Risos] Não te consigo mentir. Quando fui para Direito
não sabia no que me estava a meter, para ser honesta. Mas acho que o impacto
do curso foi que começou a esculpir a minha
psicologia e a minha filosofia política. Só depois é que decidi ser
procuradora e aí sim, foi uma decisão vocacionada puramente pelo sentido de
justiça.
Lembra-se
quando foi a primeira vez que os seus pais falaram consigo sobre albinismo?
Não me lembro de alguma vez o fazer formalmente com os
meus pais. Ou com alguém na minha família. Tudo foi muito gradual. Quando fui
para a escola a minha mãe nunca me disse “olha, tu és diferente das outras
crianças”. Porque eu cresci numa sociedade
pigmentada. Cresci com pessoas de raízes indianas e pessoas negras. Eu cresci
a ser a única pessoa que tinha uma cor branca na pele. Mas os meus pais nunca
tiveram essa conversa oficial comigo. O que a minha mãe sempre fez, e eu acho
que era uma forma de ela me ensinar
sobre albinismo sem falar sobre isso, foi ensinar-me coisas práticas, como as
questões relacionadas com a minha visão, e o meu pai jogava à bola comigo
para me ajudar com a minha perceção
da profundidade de campo, ela ensinava-me sobre pele e garantia que eu tinha
sempre protetor solar. Ou seja, eu percebia as implicações
práticas da minha pele, mas não as implicações
sociais e culturais. (...) Quando és criança
não és diferente, és só uma criança.
Quando muito podes ser uma rapariga, mas mesmo a questão do género não é
muito preponderante quando tens quatro ou cinco anos. Era como o albinismo. Eu
não tinha albinismo. Nem sequer era negra, porque não conhecia o conceito de
raça
quando era uma criança. A tua mente só começa
a perceber à medida que vais crescendo e a sociedade começa
a ensinar-te que és diferente. Acho que só percebi verdadeiramente sobre ter
albinismo aí pelo secundário.
Quando
foi a primeira vez que se sentiu bonita?
É difícil dizer-te, porque de facto é um processo.
Lembro-me de um dia ter chegado da escola, ter ido ter com o meu pai a chorar e
dizer que não queria mais ser assim. Porque quando és adolescente e a tua
feminilidade começa a surgir, a tua noção
de atração,
de Beleza, surge pela primeira vez. Começas
a internalizar as imagens que vês
nos media, a tua cultura, quem as pessoas consideram bonitas, e se isso não
fores tu... Bem, fui ter com o meu pai a chorar, isto com uns 12 anos e ele,
que honestamente criou-me da melhor forma que um homem consegue, disse-me que
eu era a rapariga mais bonita que já tinha visto. E eu continuei a chorar.
Hoje sei que foi um momento decisivo do processo de perceber que eu, enquanto
mulher, sou o suficiente. E depois o tempo passou e eu comecei a pintar as
sobrancelhas, as pestanas... [risos]
Um
momento de experimentação?
Sabes que mais? Adorava dizer-te que sim, que foi sobre
experimentação, mas não foi. Foi um momento na minha
vida em que eu senti que não queria ter mais albinismo. As sobrancelhas e
pestanas claras, o cabelo loiro e encaracolado faziam-me sentir peculiar. Por
isso comecei a mudar o meu aspeto para me assemelhar mais a todas as outras
pessoas. E quando fiz isso, comecei a parecer menos que tinha albinismo.
E
como se sentiu?
Confiante. Superconfiante. E comecei a ter validação
dos meus companheiros, como se tivesse finalmente encontrado a fórmula perfeita
para ser bonita. E depois o tempo passou, tornei-me procuradora, e nesse
momento achei que estava muito confiante com a minha imagem. Até que uma coisa
aconteceu que mudou tudo. Foi uma sessão fotográfica para a Forbes em que me
pediram para fazer um look natural. E eu fiquei aterrada. Eu estava
aterrorizada por ter de mostrar as minhas sobrancelhas claras, as minhas
pestanas. Estava com medo de parecer tão diferente outra vez, porque no tempo
em que me senti diferente não me senti bonita. E então pensei: ‘Se eu tenho
medo de me mostrar como sou, como é que algum dia eu posso encarar isto como
representação? Como é que eu posso dizer que é
válido ser assim, se eu não estou ok com ser assim?’ Foi aí que a minha viagem pela
Beleza começou. Percebendo que eu sou suficiente. Eu
sou suficiente. Eu sou suficiente. Ficou um mantra. E só aí transpus parte da
minha confiança para coragem, porque inicialmente eu era
muito confiante, mas honestamente era-o porque estava a ter validação.
Precisei de chegar àquele ponto em que estava contente comigo mesma, quer
tivesse validação ou não.
O
que é Beleza para si, hoje?
Sentires-te suficiente. Sentires que naquele dado
momento és o suficiente. Em grego, a origem do significado da palavra beleza
é “estar certa”, ou seja, o que tu és nesse momento é perfeito e suficiente.
É abraçares
quem tu és: a tua idade, o teu género, tudo, e pensar que tudo é bonito e
suficiente.
Porque
é que esta causa é tão importante para si?
Para mim enquanto pessoa, além de mulher, a questão
do poder sobre o corpo de alguém é muito importante. É um direit fundamental
e as pessoas perceberem isso é muito importante. Portanto qualquer coisa que
seja uma transgressão disso não aguento. Seja assédio sexual, violação,
exploração
sexual, algo que as modelos estão mais propensas a ser expostas... Acho que,
enquanto mulher negra, africana e pessoa com albinismo, lutei toda a minha vida
pelo empoderamento. E tudo o que seja uma transgressão disso é na verdade o
berço
do meu ativismo, é a razão pela qual eu sou ativista. Porque as pessoas
referem-se a ser ativista como uma profissão, mas não, é uma característica
da personalidade. Vai seguir-te para onde quer que vás. Podes ser modelo,
podes ser construtor, podes ser advogado, um grande CEO. Ativismo é uma
característica e manifesta-se em qualquer profissão.
Sente
que ter albinismo fomentou o seu papel enquanto ativista?
Sem dúvida. Muitas vezes quando estou a falar
refiro-me ao meu albinismo porque estar neste corpo ajudou-me a compreender
muitas coisas. Ajudou-me a perceber a importância
das ligações sociais e de nos ligarmos uns aos
outros. Ajudou-me a aprender como é que nós enquanto sociedade lidamos com a
diferença.
Porque eu experienciei diferentes tipos de preconceito. Enquanto mulher.
Enquanto mulher negra. Enquanto pessoa com albinismo. Enquanto mulher africana.
Especialmente no panorama europeu, percebo a forma como as perguntas são
colocadas. Há uma certa perceção sobre África que não
é necessariamente correta, ou que está mal representada [suspiro]. Mas acho
que estar neste corpo me ensinou muito.
Como
é a sua postura em relação ao preconceito?
O preconceito é contextual e multifacetado. Dependendo
do teu contexto podes ter preconceito, não ter preconceito ou ter muito
preconceito. Mas não é fácil, porque por exemplo ainda há muita iliteracia
no que respeita ao albinismo, e se então houver uma falta de explicação
científica... a explicação tende a mover-se ainda
mais para o campo supernatural [risos]. Como “tu és assim porque és especial
ou tens poderes especiais”.
Como
se sente em relação à palavra “especial”?
Não gosto. Porque não acho que seja positiva. Ser
separada da tua humanidade é um problema, quer as pessoas te chamem animal ou
um tipo de anjo, o que seja, qualquer coisa que te tire humanidade.
Ainda
sobre preconceitos. Tem sido muito aberta sobre o problema nos media e sobre a
subjugação às expressões “modelo albina faz isto, modelo albina
faz aquilo”.
Sente-se ainda vista dessa forma?
Acho que está a mudar no que toca a mim, Thando Hopa.
Não sei sobre a próxima jovem com albinismo que entre no meio. Espero mesmo
que todas as lutas e desafios por que passei... ela não tenha de passar pelo
mesmo. Porque eu fui tão vocal quanto possível. Mas se eu ainda experiencio
preconceito? Claro que sim [risos]. Demorou muito tempo até que certos espaços
me aceitassem da forma que sou e que não estivessem desconfortáveis com o
look. “Oh, vais desaparecer em frente à câmara
assim.”
Como
é que se ouve – e responde – a uma coisa dessas?
Encontrando uma realidade partilhada. Lembro-me de uma
vez estar com uma mulher que era plus-size model, e nem sei se concordo com
este termo, mas enfim, e ela disse-me: “Não acabaste a maquilhagem, vais
desaparecer em frente à câmara, vamos só escurecer
as sobrancelhas.” E
eu disse-lhe: “Sabes
quando põem uma rapariga grande num espartilho para a fazer parecer mais
pequena?” Dizem que é “pela diversidade”, mas é mais “vamos deixar-te desconfortável para
teres o look com o qual nós estamos confortáveis na nossa cultura”. E ela
disse: “Sabes que mais? Eu acabei de fazer isso contigo.” É esta realidade
partilhada, este terreno comum, o mecanismo que eu tento usar. Empatia. Tento
usar empatia.
Nunca
como hoje falámos tanto sobre representação. Está esperançosa
no futuro ou sente que ainda vivemos sob muitos rótulos e estereótipos?
Sobre albinismo, para ser honesta, não vejo qualquer
mudança
no cinema ou na televisão. Na Moda, pelo contrário, em termos de representação
tem sido cada vez mais diversa.
Como
é que vê a representação nos media?
As minhas experiências
fizeram-me chegar até aqui e concluir que, apesar de existir representação,
ela pode resultar em má representação
ou representação condicional, ou seja, “representamos-te
se tu fizeres isto”, sabes? E às vezes a representação
é através de um retrato indesejado. Eu passo muito por isso porque quando a
minha carreira de modelo cresceu, o interesse pela carreira enquanto atriz
também. E as pessoas começaram a dar-me excertos de
personagens. Mas todas elas têm padrões muito
semelhantes. Ou é esta personagem maléfica [risos], ou tem que ver com
assassinatos muti, rituais associados ao albinismo em África. E todas, todas
as personagens que recebi, tinham esta desconexão social (...). Nunca era só
uma pessoa numa comunidade, a fazer coisas humanas normais, a apaixonar-se, a
ir à escola, o que fosse, uma história humana. Todas estas histórias eram
separadas da humanidade e houve um tempo em que eu era muito afetada por isso.
Estava presa a um estereótipo. E depois tive de escolher entre má representação,
falta de representação ou representação
condicional num retrato não desejado. Nunca tive a opção
de uma representação inclusiva, percebes?
Uma personagem humana e relacionável.
Tem
algum receio de que esta ideia de inclusão e diversidade seja entendida como
uma tendência?
Escrevi sobre isto há um tempo, não acho que os
corpos humanos devam nunca ser apelidados como tendências.
Tenho um problema grave com pessoas que dizem que albinismo é uma tendência
ou que vitiligo é uma tendência. Ou pessoas que dizem
“é tão cool ser negro agora” [risos].
Não sou capaz de lidar com o que ouço.
Os corpos humanos não são descartáveis. Tem sido um dos meus problemas na
forma como as pessoas olham para certos corpos na Moda. No que toca à
inclusão, não acho que seja uma tendência.
O diálogo sim, pode ser uma tendência.
Como
é que nós, mundo, podemos fazer melhor?
Com consultoria. Priorizando consultoria se queres
fazer algo sobre alguma coisa em que não tens experiência.
Eu própria tenho de consultar pessoas se vou a Portugal e se tenho de fazer
alguma coisa sobre Portugal, certo? Não posso chegar, ter a minha perceção
do que é Portugal, como as pessoas portuguesas falam, como é a cultura,
simplesmente porque li sobre isso nalgum lado. Preciso de fazer consultoria. É
um passo essencial para progredir verdadeiramente com diversidade inclusiva.
Tens de estar aberto a pedir ajuda.
Eu nunca senti que fosse uma questão de raça,
sabes? Mesmo sendo um elenco exclusivamente negro. Acho que foi uma mensagem
para mim sobre representação. Inicialmente a
narrativa implicava muita obrigação:
“Tens de fazer isto porque é a coisa
certa a fazer.”
Sinto que hoje as pessoas estão a começar
a perceber que a diversidade é todo um mundo de oportunidade. Que temos acesso
a uma cultura e imaginação diferentes, que
estamos perante uma diversidade cognitiva e que vemos como é possível contar
histórias de uma maneira mais abrangente e inclusiva. E acho que hoje as
pessoas pensam: “Espera,
como é que há toda esta riqueza a que nunca acedemos, porque estávamos a
monopolizar as coisas com algo tão artificial como a raça
ou o género?”
Acho que as pessoas estão a começar
a ver o benefício genuíno da diversidade.
Li
que foi a Adwoa Aboah a fada‐madrinha
de tudo.
Eu não fazia ideia de que tinha sido ela a enviar a
minha fotografia! Quando a conheci foi de forma muito casual, apresentámo-nos
apenas. E eu nunca tinha conseguido perceber como é eu tinha ido parar ao
Pirelli. Tens de perceber que isto era honestamente inimaginável, no sentido
mais lato da palavra. Sou uma mulher da África do Sul, por isso só
geograficamente já não faz sentido. E ainda que tenhamos feito progressos na
cultura pop no que toca à representação,
uma coisa desta dimensão... Mas bem, descobri que quatro anos antes a Aboah
tinha mostrado a minha fotografia ao Tim Walker [fotógrafo do Calendário Pirelli
em 2018]. E disseram-me: “Vamos fotografar para Vogue.” Mas eu era procuradora
na altura, a trabalhar em casos de crimes sexuais e, vou ser muito sincera
contigo, eu não ia abandonar para um editorial da Vogue de três
dias e deixar uma vítima de violação
sem alguém para a representar. Nas minhas prioridades, isto não era sequer
discutível. Foi só aquando do lançamento
que conversei com o Tim [Walker], que, já agora, é uma das pessoas mais
fascinantes que eu já conheci na vida, e perguntei-lhe: “Tim, como é que me
foste encontrar?” E foi aí que ele me disse que tinha sido a Adwoa a
enviar-lhe a minha fotografia. Muitas vezes as pessoas procuram reconhecimento,
e ela nunca o quis, o que foi tão surpreendente. Ela fez algo por mim sem esperar
qualquer coisa de retorno. Espero ser esse tipo de pessoa. Achei que foi uma
prova de caráter.
A
palavra modelo pode ter algumas interpretações, e ser vista como “modelo”
por alguém é uma delas. Sente algum tipo de responsabilidade?
Há um provérbio nativo americano, que li uma vez, que
diz algo como: “Nós não herdamos a terra dos nossos pais, mas pedimo-la
emprestada dos nossos filhos.” E eu achei isso muito interessante, porque
quando herdas alguma coisa toma-la como
tua e fazes o que queres com isso, mas se for emprestado isso significa que
não é teu e que precisa de ser partilhado. E é assim que me sinto em
qualquer plataforma que estou, que carrego comigo muitas pessoas.
Definitivamente sinto o peso e a responsabilidade, de outro modo não me
importaria, escolheria qualquer trabalho que me desse dinheiro, e não me
preocuparia com o legado que vai muito além de mim.
Numa
entrevista contou como, quando era miúda, a sua mãe gritava por si quando via
uma pessoa com albinismo na televisão. Sente que pode ser essa pessoa para
alguém?
[Risos] Sim, acho que sim, mas espero que cheguemos a
um ponto em que isso já não aconteça.
Isso significava muito na altura, porque na cultura popular não havia mesmo
representação. Mas hoje não é tanto assim, e
sinto-me muito grata por ter contribuído para esse tipo de cultura. Muito
grata mesmo.
Foi
procuradora, modelo, enveredou pelo ativismo e, de repente, começou
a escrever. De onde surgiram as palavras?
Nunca me considerei uma autora. Foi só no Calendário
da Pirelli que percebi que poderia vir a ser uma. Eu tinha o hábito de
escrever, fazer spoken word e poesia, mas nunca levei isso a sério. Mas quando
me pediram para escrever um ensaio para o calendário... passei-me. Porque eu sabia
o que dizer, mas não como deixar as coisas por escrito de forma a que fizessem
sentido. Mas depois disso comecei realmente a dedicar-me à escrita. E comecei
a compensar por tudo aquilo que não conseguia dizer. Escrever compensa tudo o
que não consegues dizer no momento.
Alguma
vez considerou escrever um livro?
Definitivamente consideraria. Acho que faz parte do meu
chamamento. Mas como seria ainda não sei. Mas sinto que de certa forma já
estou a escrever a minha história. Não sei se um dia a consolidarei num
livro, mas sinto que já o comecei a escrever.
Nenhum comentário:
Postar um comentário