Roberto Rillo Bíscaro
Semestre horrível, com a perda de um enorme amigo e
apoiador do blog, que até fez texto pra cá, no início da saga, há uma década.
Apesar disso, ou precisamente devido a isso, mergulhei fundo em álbuns, séries,
filmes e livros. Eis o que mais me encantou do que resenhei.
E esta listagem vai dedicada ao eterno companheiro de
jornadas, Carlos Alberto Pedretti.
MÚSICA
Di Melo – Álbum negligenciado dos anos 70, que vai do
soul ao tango com elegância e competência.
You Have a Chance – O italiano Camelias Garden compôs
pura delicadeza prog folk.
Walk Through Fire – A poderosa voz de Yola estreia nessa
mistura vintage de soul e country.
Isolation – Um caldeirão de referências tão bem
derretidas, que são capazes de criar sonoridade própria pra essa menina.
Canções de São Patrício – Sensível rendição de música
celta, cantada em bom português.
Raphael Gimenes & As Montanhas de Som – Raphael vive
na Dinamarca e criou fascinante madrigal sonoro ao nível do melhor da MPB anos
70.
Colourbox – Condenado a ser cult, o Colourbox fazia pop
eclético e meio à frente de seu tempo.
Tatanagüe – Theo de Barros, o autor de Disparada,
retornou com álbum irrepreensível, fina flor da MPB.
TV
Shetland – A quinta temporada globaliza no tema, mas
permanece sombria.
Clan – As irmãs belgas que querem eliminar o cunhado são um
gozo de humor-negro.
Testemunha de Acusação – A obra de Agatha Christie
reimaginada em tons bem sombrios.
13 Geboden – A Bélgica vez mais produzindo série policial
excitante.
Father Brown – Um padre detetive, muito, mas muito fofo.
Les Hombres de L’Ombre – Intriga política francesa, na
linha de The West Wing e afins.
CINEMA
Ethel e Ernest – Animação opara adultos sobre a história
de vida de um casal que viveu alguns dos maiores eventos do século XX, em sua
modesta casa londrina.
Lazzaro Felice – Alegoria política italiana, bem ao
estilo do cinema dos anos 70, mas com o travo da globalização do novo milênio.
LITERATURA
The Chestnut Man – O criador de Forbrydelsen estreia com
um thriller policial difícil de parar de ler.
The Silver Road – Estreia sueca, com personagens tristes,
bem delineados e uma ambiência de dar inveja.
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