quinta-feira, 3 de outubro de 2019

TELONA QUENTE 306

Roberto Rillo Bíscaro 

A fãs de qualquer subgênero deve doer no coração, quando presenciam oportunidades desperdiçadas. Como apreciador de cine de horror/suspense psicológico/sci fi, lamentei que In Extremis (2017) tenha falhado em se adequar plenamente a qualquer das categorias mencionadas. 

Escrito e dirigido por Steve Stone e também conhecido como Point Of Death, In Extremis começa com um bem-sucedido executivo de meia-idade tirando a tarde livre e dirigindo-se a sua suntuosa casa no campo inglês, onde vive idilicamente com suas lindas filha e esposa. Logo dá pra perceber que algo está errado ali e espectadores mais sazonados matam boa parte da charada na hora. 

A mansão se vê cercada por densa a apavorante nuvem negra, que pode ter sido causado por explosão nuclear, invasão alien? Parte da exposição de In Extremis joga com as diferentes possibilidades subgenéricas onde poderia atuar. Daí, aparecem espectros negros, que deveriam assustar; daí, ele acorda num hospital abandonado. Tudo é juntado num mambo-jambo bem filmado, mas pobremente dialogado, que não dá suspense, porque não nos conectamos a nenhuma convenção ou conseguimos empatizar com qualquer personagem. 

Nos dez minutos finais, aprendemos todas as simbologias e acontecimentos do que poderia ter sido uma daquelas histórias de terror psicológico de destruir corações, mas não consegue comover.

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