Line é albina e foi perseguida em África. Agora é estrela de TV
Line Banty é apresentadora de televisão e quer mudar mentalidades acerca das pessoas que têm albinismo.
Line Banty tem albinismo e vive no Burkina Faso. Escapou a duas tentativas de rapto motivadas pela sua condição física e, enquanto dormia, um antigo namorado chegou a cortar-lhe pedaços de cabelo para dar sorte. Agora, é uma inspiração para as pessoas que vivem com albinismo: há cerca de um ano que apresenta um programa diário de entretenimento no seu país.
O albinismo consiste na falta de pigmentação na pele, cabelo e olhos. No Burkina Faso, há quem acredite que partes do corpo de pessoas albinas dão poder e boa sorte, o que as torna vítimas e vulneráveis a ataques violentos. Desde 2006, a plataforma Action on Albinism contabiliza 700 ataques contra pessoas com albinismo em 28 países africanos.
Como uma mulher albina, Banty relatou à agência Reuters que teve que superar vários obstáculos durante a sua carreira. Primeiro, o de ser uma mulher com emprego num país onde isso não é comum. No Burkina Faso, quase metade de todas as mulheres casam antes dos 18 anos. Banty também lida com as críticas e insultos por ser uma mulher albina no Facebook, condenado publicamente quem o faz.
Ao mesmo tempo, Banty recebe várias mensagens de outras pessoas com albinismo que dizem ter ganhado coragem para o assumirem graças à sua personalidade positiva e à sua abertura em fazer o mesmo. À Reuters, a apresentadora diz que aborda o albinismo no seu programa, também convidando várias pessoas que sofram do mesmo.
Para Banty, o segredo do sucesso consiste em trabalho duro e na crença de que vai vencer. Um dia, quer abrir uma fundação.
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