Roberto Rillo Bíscaro
Em, The 27th Day (1957) cinco cidadãos “comuns” de distintas nacionalidades são abduzidos por nave espacial duma civilização agônica, mas que não quer recorrer à violência invasiva pra evacuar seu planeta e se salvar. Eticamente impedidos de colonizar nosso planeta, os ETs transferem a batata-quente pra nossas mãos. Cada terráqueo é presenteado com arma letal, que pode obliterar a espécie humana, sem danificar a infraestrutura ou outras formas de vida. Os pacíficos alienígenas não são violentos, mas contam com o potencial autodestrutivo humano pra fazer o serviço sujo por eles. Algo como dar facas pra crianças brincarem na creche, mas não assumir a culpa pelo massacre resultante.
Um alemão, um norte-americano, uma inglesa, uma chinesa e um soviético são os portadores da provável extinção da espécie humana. Sendo produto tipicamente Guerra-Fria, da família de Red Planet Mars, assim que Moscou constata que pode dominar o mundo, não poupa chantagens, torturas e ultimatos não apenas para remover os EUA da Europa e Ásia, mas também os estadunidenses do mundo.
A mensagem de “paz” final de The 27h Day é assustadora, porque não prevê alternativa de convivência harmônica entre os povos, a não ser que aqueles que pensem distinto sejam literalmente exterminados. Mas, tudo vem (mal-)disfarçado em mambo-jambo cristão.
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