Em março de 2022, sairá o novo álbum do percussionista Wolfgang Flür, ex-Kraftwerk, um dos inventores do synthpop. Este vídeo contém informações sobre o trabalho, enquanto ouvimos trechos da colaboração de Flür com o também alemão U96.
segunda-feira, 31 de janeiro de 2022
domingo, 30 de janeiro de 2022
BBB DESINFORMANDO
Pessoas com vitiligo e albinismo repudiam falas de Natália no BBB22
Por causa de uma desinformação citada pela sister Natalia, alguns artistas gravaram vídeos didáticos sobre anomalias da pele.
A sister Natália Deodato, de 22 anos, participante da vigésima segunda edição do reality show “Big Brother Brasil”, fez uma declaração polêmica que tem dominado as redes sociais e a televisão brasileira nos últimos dias. A modelo e designer de unhas afirmou, de forma equivocada, que as manchas claras causadas pelo vitiligo poderiam evoluir para a anomalia genética do albinismo.
A fala da modelo repercutiu, não só pela sua desinformação, mas também porque repúdio dos telespectadores com anomalias de pele como o da mineira, e que se sentiam representados pela sua participação no “BBB”, conforme o jornal Metrópoles, sobretudo porque foi a primeira participante com a condição de saúde em mais de duas décadas do programa.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), cerca de um milhão de brasileiros convivem com vitiligo.
O discurso de Natália indignou também alguns famosos, como o ator Samuel Sollar, de 24 anos, que é albino, e a digital influencer e modelo Larissa Sampaio, de 20 anos, com a mesma condição de pele que a sister.
Juntos, os dois gravaram e postaram um vídeo no Instagram explicando de forma didática as características das condições, além de apresentar informações detalhadas sobre cada uma delas, com o intuito de orientar o público com fatos verídicos.
Eles falam sobre as características dessas condições genéticas hereditárias, mostrando que, embora sejam semelhantes, há diferenças entre si. Explicam principalmente que, diferentemente da fala de Natália, uma pessoa com vitiligo não se torna albina, ou ao contrário.
Ainda conforme o post, a dupla informou que uma das principais diferenças entre o vitiligo e o albinismo pode ser encontrada no diagnóstico, isso porque são raríssimos os casos em que o vitiligo pode ser observado logo no nascimento, o que não acontece com o albinismo, que pode ser constatado já durante o parto, por meio da pele e dos ossos. Os dois artistas ainda ressaltaram que este último ainda pode interferir na saúde visual das pessoas, exigindo alguns cuidados e acompanhamentos específicos.
Vitiligo e albinismo
Conforme informações dispostas pelo Ministério da Educação, o vitiligo é uma doença crônica, que se caracteriza pelo aparecimento de manchas brancas na pele resultantes da perda do pigmento natural da pele, a melanina. O ministério, com informações da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), estima que mais de um milhão de brasileiros convivem com a doença.
Ainda conforme o órgão federal, é necessário procurar orientações médicas especializadas quando se trata de distúrbios na pele, porque pelo menos dez distúrbios dermatológicos são parecidos com vitiligo, então é importante obter o diagnóstico correto para que a pessoa seja tratada.
Já o albinismo, conforme dados do Ministério da Saúde, é um distúrbio genético caracterizado pela falta total ou parcial do pigmento responsável pela coloração da pele, pelos e olhos. O ministério ainda lista dois tipos dessa anomalia:
— Óculo-cutânea: afeta a pele, cabelos e olhos. Pela ausência de melanina, a exposição prolongada ao Sol pode provocar queimadura na pele, o que pode resultar em câncer de pele.
— Ocular: afeta exclusivamente os olhos, geralmente conjugando astigmatismo e hipermetropia, além de estrabismo e fotofobia (sensibilidade à luz).
Ainda não há números concretos da quantidade de pessoas com essa anomalia no Brasil, conforme informações dispostas no site da Câmara dos Deputados. Segundo confessa a diretora do Departamento de Saúde da Família do Ministério da Saúde, Renata Costa, há um déficit de informações sobre pessoas albinas no Brasil, por isso estima-se em pouco mais de 21 mil o número de brasileiros convivendo com essa anomalia genética.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2022
TELONA QUENTE 394
Crítica do filme O Violino do Meu Pai (Netflix)
Unidos pela dor e pelo amor à música, uma menina órfã e seu tio violinista têm suas vidas transformadas.
terça-feira, 25 de janeiro de 2022
TELINHA QUENTE 382
Crítica da primeira temporada de Arquivo 81 (Netflix)
Um arquivista é contratado para recuperar fitas de vídeo danificadas e fica obcecado em resolver um mistério envolvendo a diretora desaparecida e uma seita demoníaca.
segunda-feira, 24 de janeiro de 2022
CAIXA DE MÚSICA 489
Roberto Rillo Biscaro
Mica Tenenbaum (voz) e Matthew Lewin (produção) integravam uma banda de rock progressivo, mas caíram de boca no (synth)pop em seu delicioso e elaborado álbum de estreia, que mostra conhecimento enciclopédico, de Madonna a Grimes.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2022
PAPIRO VIRTUAL 210
José Lins do Rego (José Lins do Rego Cavalcanti) foi romancista e jornalista. Nasceu no Engenho Corredor, Pilar, PB, em 3 de junho de 1901, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de setembro de 1957.
Filho de João do Rego Cavalcanti e de Amélia Lins Cavalcanti, fez os primeiros estudos no Colégio de Itabaiana, PB, no Instituto N. S. do Carmo e no Colégio Diocesano Pio X de João Pessoa. Depois estudou no Colégio Carneiro Leão e Osvaldo Cruz, no Recife. Desde então revelaram-se seus pendores literários. É de 1916, o primeiro contato com O Ateneu, de Raul Pompéia. Em 1918, aos 17 anos, José Lins travou conhecimento com Machado de Assis, através do Dom Casmurro. Desde a infância, já trazia consigo outras raízes, do sangue e da terra, que vinham de seus pais, passando de geração em geração por pessoas ligadas ao mundo rural do Nordeste açucareiro.
Passou a colaborar no Jornal do Recife. Em 1922 fundou o semanário Dom Casmurro. Formou-se em 1923 na Faculdade de Direito do Recife. Durante o curso, ampliou seus contatos com o meio literário pernambucano, tornando-se amigo de José Américo de Almeida, Osório Borba, Luís Delgado e Aníbal Fernandes. Sua amizade com Gilberto Freire, na volta em 1923 de uma temporada de estudos universitários nos Estados Unidos, marcou novas influências no espírito de José Lins, através das ideias novas sobre a formação social brasileira.
Foi nomeado em 1925 promotor em Manhuçu, MG, lá não se demorando. Casado em 1924 com D. Filomena (Naná) Masa Lins do Rego, transferiu-se em 1926 para a capital de Alagoas, onde passou a exercer as funções de fiscal de bancos até 1930 e fiscal de consumo de 1931 a 1935. Em Maceió, tornou-se colaborador do Jornal de Alagoas e passou a fazer parte do grupo de Graciliano Ramos, Raquel de Queirós, Aurélio Buarque de Holanda, Jorge de Lima, Valdemar Cavalcanti, Aloísio Branco e Carlos Paurílio. Ali publicou o primeiro livro, Menino de engenho (1932), obra que se revelou de importância fundamental na história do moderno romance brasileiro. Além das opiniões elogiosas da crítica, sobretudo de João Ribeiro, o livro mereceu o Prêmio da Fundação Graça Aranha. Em 1933, publicou Doidinho, o segundo livro do “Ciclo da cana-de-açúcar”.
Em 1935, já nomeado fiscal do imposto de consumo, José Lins do Rego transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde passou a residir. Integrando-se plenamente no ambiente carioca, continuou a fazer jornalismo, colaborando em vários periódicos com crônicas diárias. Revelou-se, então, por essa época, a faceta esportiva de sua personalidade. Sofrendo e vivendo as paixões desencadeadas pelo futebol, o esporte de sua predileção, foi grande torcedor do Flamengo. Exerceu o cargo de secretário-geral da Confederação Brasileira de Desportos de 1942 a 1954.
Romancista da decadência dos senhores de engenho, sua obra baseia-se em memórias e reminiscências. Seus romances levantam todo um sistema econômico de origem patriarcal, com o trabalho semiescravo do eito, ao lado de outro aspecto importante da vida nordestina, ou seja, o cangaço e o misticismo. O autor desejaria que a sua obra romanesca fosse dividida: “Ciclo da cana-de-açúcar”: Menino de engenho, Doidinho, Banguê, Fogo morto e Usina; “Ciclo do cangaço, misticismo e seca”: Pedra Bonita e Cangaceiros; “Obras independentes”: a) com ligações nos dois ciclos: O moleque Ricardo, Pureza e Riacho Doce; b) desligadas dos ciclos: Água-mãe e Eurídice.
Recebeu o Prêmio da Fundação Graça Aranha, pelo romance Menino de engenho (1932); o Prêmio Felipe d’Oliveira, pelo romance Água-mãe (1941), e o Prêmio Fábio Prado, pelo romance Eurídice (1947).
quinta-feira, 20 de janeiro de 2022
TELONA QUENTE 393
Crítica do filme As Fotos Vazadas (Netflix) + A MITOLOGIA GREGA UTILIZADA NO FILME - EXPLICAÇÃO
Depois de perder a bolsa de estudos por causa de algumas fotos em uma festa, uma estudante decide investigar o que aconteceu com ela naquela noite.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2022
CONTANDO A VIDA 374
UMA VIAGEM E TRÊS LIVROS.
José Carlos Sebe Bom Meihy
Para meu filho Pedro.
Como a maioria das pessoas, procurei fazer o melhor que pude durante a pandemia. Obedeci às regras de prevenção, critiquei o governo central, busquei consolar amigos e parentes machucados por perdas. Fiquei muito em casa e busquei aproveitar o tempo para arrumar meus interiores, pessoal ou não. Deixei o lar um brinco, reavaliei meus objetos de adorno e cuidei dos livros como fosse deixá-los prontos para uma exposição. Em termos de agrado pessoal, fiz o que mais gosto: cozinhei bastante, atualizei correspondência, li e escrevi muito. Escrever e ler, aliás, esteve entre as melhores ocupações.
O tempo passou, lento e tenso, mas foi indo. Procurei distrações gerais como consertos domésticos, mas minha tendência mascate fermentava andanças. Procurei não tocar em malas e nem em roupas próprias para saídas. Consegui em parte, ainda que desse escapadelas em buscas pelo Google. Felizmente, o milagre das vacinas se anunciou e os resultados propuseram o que se chamou de “novo normal”. Progressivamente, fui me deixando provocar por viagens mais possíveis a cada dia.
Devo dizer que, em março de 2019, eu tinha passagem comprada exatamente para a China, país que cobiçava conhecer há anos. O adiamento foi obrigatório, ficando, porém, crédito para outras aventuras. Tentei várias que sucessivamente foram canceladas, mas por fim uma deu certo: a travessia do Atlântico, partindo da Espanha. O itinerário me era algo estranho, com destino em Santo Domingo, na República Dominicana. Fazer o caminho de Colombo foi desafiante. Usei a imaginação para pensar no que teria sido o mesmo trajeto cinco séculos atrás, e em condições completamente diversas da que fiz em confortável navio.
Houve, contudo, um acontecimento corriqueiro que me arrebatou mais que outros: a leitura de três livros. Já havia passado pela delícia de ler em pleno mar, mas desta vez experimentei uma espécie de êxtase. Comecei por um texto que já conhecia, a “Filosofia da viagem” escrito por Jelson Oliveira. Trata-se de um périplo sobre o incessante movimento humano. Situado entre os temas menores da filosofia, a reflexão atravessa uma das metáforas mais conhecidas de todos os tempos: a vida como trânsito. Depois de rápida passagem pela história, o autor declina visões de vários autores que vivenciaram a questão dos deslocamentos humanos: Sêneca, Hans Jonas, Descartes, Montaigne, Rousseau, Voltaire, Schopenhauer, Nietzsche, Camus e Derrida... Se pudesse resumir em uma palavra diria que se trata de um livro incrível. Discutindo temas como o estado de espírito para viagens, a busca de surpresas e controle das emoções em trânsito, as reações às despesas e hospedagens, tudo nos convida à compreensão de travessias em sentido histórico. Desde a expulsão do Paraíso, da desavença de Caim e Abel, passando pelos penitentes da Antiguidade e da Idade Média, prezando o significado das Grandes Navegações até a Modernidade turística, tudo se ativa como motor explicativo do estágio atual dos movimentos humanos.
Mal terminei esse, abri-me para outro, igualmente fascinante. Sabe a sensação do “não li, já gostei”? Pois é, foi assim com “O Voyeur” de Gay Talese, o inventor do jornalismo literário. E a história é para quem não teme rasgos moralistas. As aventuras de um personagem, que existe na vida real, garantem o tom de reportagem do premiado autor, que revela um tal senhor Gerald Foos, personagem que, por 25 anos, “observou” o comportamento de hóspedes de um motel no estado do Colorado, cuidando de anotações sobre as atividades sexuais dos frequentadores. Construído um posto de observação secretíssimo, manteve um diário que enviou a Talese então articulista do The New York Times. E que histórias registrou! Todas com boa pitada de pretensão científica, pois dizia-se pesquisador do comportamento humano, porém, com uma variante inexorável: via a intimidade das pessoas sem que elas soubessem. Mas não é só a “sacanagem” que intriga neste livro. Talese retraçou a biografia de Foos, revelando um personagem único e apaixonante.
Deste, passei a um terceiro intitulado “Quase autor”. Depois das leituras anteriores achava que nada superaria meu deleite. Engano cruel. Eis que o texto assinado por John Colapinto me captou desde as primeiras páginas. E como! O livro surpreende o leitor a cada página, tirando o fôlego pela sucessão de fatos incríveis. O relato conta as peripécias de Cal Cunningram, jovem que, pretendendo ser escritor, mudara-se para New York onde dividia apartamento com um colega, Stewart, estranhíssimo estudante de Direito, também obcecado por Literatura. Buscando histórias reais, Cal revelava ao confidente o uso da cidade como uma espécie de laboratório para eventual trama, mas, no entanto, a frustração se lhe abateu depois de dois anos sem conseguir produzir uma página. Foi assim que, um dia, meio por acaso, aproveitou que o companheiro deixara o computador ligado e resolveu mexer em seus escritos, e eis a grande revelação: Stewart redigira excelente romance, contando as loucuras sexuais que ele, Carlo, lhe confidenciava. Não bastasse, por coincidência, Stewart morre atropelado naquele mesmo dia. A continuidade dos acontecimentos autorizou Cal a oferecer o livro para uma editora. que faz dele estrondoso sucesso. Tudo corria bem quando, já rico, no auge da fama, lhe aparece uma desconhecida, namorada do falecido, que detinha os originais do livro. Pronto, o problema estava criado. Pressionado, restava a Cal resolver a questão que impulsionou o fraudador a pensar em matar a concorrente. Não vou contar o final da história, mas não posso deixar de recomendar a leitura.
O que aprendi com esta viagem? Muito! E mesmo para quem não está viajando sugiro usar as três indicações como passagem para uma viagem inesquecível.
terça-feira, 18 de janeiro de 2022
TELINHA QUENTE 381
Crítica da primeira temporada de O Mar da Tranquilidade (Netflix)
Em uma missão perigosa na Lua, exploradores espaciais tentam recuperar amostras em uma estação de pesquisa abandonada e repleta de segredos.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2022
MACONHA ALBINA?!
Maconha albina e black weed: conheça essas variedades únicas de maconha
Existem plantas de maconha de diferentes cores, a ciência por trás disso envolve genética, variações no pH e temperatura, e substâncias conhecidas como antocianinas.
A maconha albina e a maconha negra são variedades diferenciadas que chamam a atenção quando o assunto é cores de cannabis.
Maconha albina
O albinismo é um fenômeno que ocorre tanto em animais (inclusive humanos), quanto em vegetais.
Nas plantas, a característica se manifesta pela ausência total ou parcial de clorofila nas folhas, gerando manchas brancas ou amareladas que, às vezes, cobrem a folha inteira.
O nome que se dá a este processo é variegação genética, que produz colorações distintas numa mesma planta, expressando características como o albinismo.
Com a cannabis, ocorre uma mutação dos genes responsáveis pela produção de clorofila, gerando espécimes únicos, com fenótipos raros e quase em sua totalidade, brancos. A mutação é muito rara e quando ocorre, dificilmente a planta sobrevive.
Bem diferente dos tons de verde característicos da cannabis, existem algumas variações da planta que são pretas e brancas.
Além disso, há outro aspecto negativo quando o albinismo se manifesta: as plantas são menores e consequentemente rendem menos no cultivo, especialmente se o albinismo atingir os buds, porque carecem de clorofila, que é responsável pela captação energética das plantas. Se mesmo depois de vegetar, a planta conseguir crescer, seu o tempo de vida continua reduzido, de maneira considerável, fazendo com que a linhagem genética eventualmente desapareça.
Por causa de sua ocorrência rara na natureza, o estudo sobre a cannabis albina ainda é limitado, mas acredita-se que quando a planta consegue se desenvolver, é porque conseguiu se adaptar de alguma maneira e captar alimentos de outras formas, que não a fotossíntese.
Uma das hipóteses é que a cannabis albina consegue energia de maneira parasitária, sugando nutrientes de plantas vizinhas, ou extraindo suas sobras, mostrando mais uma das inúmeras características fascinantes dessa planta milenar.
https://ganjatalks.com/2022/01/06/maconha-albina-e-black-weed-conheca-essas-variedades-unicas-de-maconha/
CAIXA DE MÚSICA 488
Crítica do álbum Lá (2021), de Maíra Manga
O álbum de estreia da mineira Maíra Manga foi certeiramente descrito por rosa Passos: “"Maíra com seu canto cristalino e transparente de pássaro livre, passeia de mãos dadas com as canções nos convidando a viver uma aventura musical entre matas e florestas, entre rios e córregos, entre pássaros e pássaros, abraçando a Mãe Terra envolta num manto de notas musicais."
domingo, 16 de janeiro de 2022
RECORDE ALBINO
Seis irmãos albinos entram para o Guinness
Na Inglaterra, uma família foi considerada, pelo Guinness World Records (livro dos recordes), como o conjunto familiar com o maior número de irmãos albinos. Este recorde foi registrado em maio de 2021. Ao todo, são seis irmãos afetados por essa condição genética.
Os irmãos recordistas são Naseem Akhtar, Ghulam Ali, Haider Ali, Muqadas Bibi, Musarat Begum e Mohammed Rafi. Eles são parte da família Coventry. De acordo com o Guinness, eles trabalham juntos em seu coroado para educar as pessoas em relação ao albinismo.
Albinismo
BEM-VINDA, MARIANA
Mariana é a primeira bebê albina no município de São Sebastião do Tocantins
SÃO SEBASTIÃO – Nasceu a primeira bebê albina de São Sebastião do Tocantins. A gravidez foi de risco e o parto foi realizado no Hospital Dom Orione, em Araguaína. A pequena Mariana Pereira de Matos está com 4 meses e terá acompanhamento médico.
Naine Pereira da Silva, mãe da Mariana, informou que o laudo médico e dermatológico identificou o albinismo na filha. Ela fez exames no primeiro mês e fará mais com seis meses de idade. “Eu pesquisei na região e não ouvi falar de outra criança albina. Assim que minha filha nasceu já chamou a atenção de todos no hospital e logo foram feitas várias fotos dela”, disse Naine.
O que é o albinismo?
É um distúrbio genético que se caracteriza pela ausência total ou parcial da melanina (pigmento responsável pela coloração da pele, dos pelos e dos olhos). Pessoas com albinismo apresentam pele muito branca, olhos, cabelos, cílios e demais pelos do corpo extremamente claros.
(Portal Voz do Bico)
sexta-feira, 14 de janeiro de 2022
PAPIRO VIRTUAL 209
Vinicius de Moraes, nascido Marcus Vinícius da Cruz de Mello Moraes, foi um poeta, dramaturgo, jornalista, diplomata, cantor e compositor brasileiro. Poeta essencialmente lírico, o que lhe renderia o apelido "Poetinha", que lhe teria atribuído Tom Jobim, notabilizou-se pelos seus sonetos.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2022
TELONA QUENTE 392
Crítica do filme O Páramo (Netflix)
No século 19, uma família isolada do mundo recebe a visita de um ser maligno que se nutre de medo. Será que o pequeno Diego pode salvar sua mãe dessa nova ameaça?
quarta-feira, 12 de janeiro de 2022
CONTANDO A VIDA 373
POESIA E ALIENAÇÃO.
José Carlos Sebe Bom Meihy
Minha hora favorita é a madrugada, mas a madrugada dos que começam o dia, não dos que alongam a noite. O silêncio, a mansa espera da luz, o café quente... Arrumado, aguardo o jornal chegar. O intervalo entre o despertar e a leitura das notícias sugere meditações sutis, coerentes com a cena. Hoje não foi diverso, dei céu a uma pergunta que, afinal, faz sentido na altura de nossas vidas políticas: que tempo vivemos?! E colocando a questão coletiva no presente do indicativo me olhei com uma dúvida fatal: estou sendo correto comigo mesmo?!
Devagar, no pulso dos minutos mais recônditos, veio-me à cabeça um poema de Brecht “eu vivo em tempos sombrios”, e minha memória fez repetir versos que fugiam do esquecimento “uma linguagem sem malícia é sinal de estupidez/ uma testa sem rugas é sinal de indiferença/ aquele que ainda ri é porque ainda não recebeu a terrível notícia”. E a sequência me desafiava “que tempo são estes, quando falar de flores é quase um crime/ pois significa silenciar sobre tanta injustiça”. Pronto, estava dada a música para dançar à beira do abismo.
Confesso que tentei mudar de trilha, mas não deu certo. Drummond se me avassalou com “nosso tempo” e passei a ritmar soturno “esse é tempo partido/ tempo de homens partidos/ em vão percorremos volumes/ viajamos e nos colorimos/ a hora pressentida esmigalha-se em pó na rua/ os homens pedem carne, fogo, sapatos” e doía prosseguir “as leis não bastam/ os lírios não nascem da lei/ meu nome é tumulto, e escreve-se na pedra”. E então vi alargada a pergunta: qual meu posto neste tempo de “homens partidos”? Dei um giro em meu passado recente e comecei uma briga que implicava a palavra “silenciar”. Ah, como é intragável o veneno que se esconde na combinação de letras que contornam o “eu” e o “outro”. Silenciar, recolher-se, no mínimo me aproxima da alienação, e então como me conciliar?
O historiador que mora em mim exigiu a costura do passado, e nessa estrada resenhei minhas atitudes com pretéritos presentes. Tenho me silenciado para evitar mais rompimentos, e calado me retiro de absurdos imponderáveis. Caminho quieto, apartado de oposições, só falando com meus pares, mas a trança dos dois poemas mais e mais me provocava: estou certo? É correto deixar os acontecimentos como estão? Que posso mudar ficando comigo mesmo?
Respirei fundo quando jornal chegou e fui a ele ainda com as palavras de Drummond gemendo versos “escuta o horrível emprego do dia
em todos os países de fala humana/ a falsificação das palavras pingando nos jornais”. Ilusão tola achar que teria fugas, pois, pelo reverso, constatei pelas notícias, umas depois de outra, que o meu recolhimento me justificava. Foi assim que cheguei às páginas de cultura e li artigo sobre Clarice Lispector, ela acusada de alienação. A sequência do texto puxava outra menção, agora devotada a uma referência feita pelo “irmão Henfil”. O traço radical do chargista desenhava um enterro de apoiadores do golpe civil militar de 1964. Entre os “mortos” alguns ícones maltratados pelo inesquecível pincel: Elis Regina – pelo famoso episódio em que cantou o Hino Nacional nas Olimpíadas Militares – o próprio Drummond e Clarice, ambos acusados de alheamento e enterrados com a assinatura de Henfil.
Conclui que mesmo sem me opor de maneira desbragada tenho marcado meu território, e assim me vacinei contra a loucura do mundo enfrentando os mesmos versos de Brecht “dizem-me: come e bebe/ fica feliz por teres o que tens/ mas como posso comer e beber/ se a comida que eu como, eu tiro de quem tem fome?/ se o copo de água que eu bebo, faz falta a quem tem sede?/ mas apesar disso, eu continuo comendo e bebendo”. Sabe, se pudesse dialogar com Brecht diria que é o que me resta, e se pudesse mandar recado para Henfil pediria para não me enterrar ainda. Preciso de um tempo comigo mesmo, é questão de respiro. Silente, sim; alienado, não!
terça-feira, 11 de janeiro de 2022
TELINHA QUENTE 380
Crítica da minissérie Fique Comigo (Netflix)
O desaparecimento de Carlton Flynn, que acontece 17 anos depois do desaparecimento de Stewart Green, provoca uma reação em cadeia nas vidas das pessoas ligadas a eles.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2022
CAIXA DE MUSICA 487
Com participação de Tim Bernardes, o novo trabalho de Manu Gavassi é pop esperto e atrevidamente bem-humorado, com pitadas de MPB contemporânea.
sexta-feira, 7 de janeiro de 2022
PAPIRO VIRTUAL 208
Crítica do livro A Princesa de Gelo (2010), de Camilla Lackberg
Retornando à sua cidade natal, Fjallbacka, após o funeral de seus pais, a escritora Erica Falck encontra uma comunidade à beira da tragédia. A morte de sua amiga de infância, Alex, é apenas o começo. Seus pulsos cortados, seu corpo congelado em uma banheira gelada. Parece que ela se suicidou, mas... será?
quinta-feira, 6 de janeiro de 2022
TELONA QUENTE 391
Crítica do filme A Filha Perdida (Netflix)
As férias pacatas de uma mulher à beira-mar mudam de rumo quando sua obsessão por uma jovem mãe hospedada nas proximidades traz à tona antigas lembranças.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2022
CONTANDO A VIDA 372
PODE UM HOMEM, BRANCO, PROFESSOR, FALAR DE MULHER, NEGRA, SEMIANALFABETA?
ou
MEDITAÇÕES SOBRE ESTUDOS DE CAROLINA MARIA DE JESUS.
José Carlos Sebe Bom Meihy
Não dá mais para adiar o enfrentamento do polêmico axioma expresso no título deste desabafo. Não mesmo! E torna-se difícil contornar a indignação paradoxal que exige, antes de mais nada, a liberdade de expressão e o direito de crítica. São anos de pesquisa – pelo menos 35 – que resultaram estudos vertidos em quatro livros e mais de 50 artigos (alguns, inclusive, traduzidos para cinco línguas estrangeiras). Remeto-me aos trabalhos ligados à Carolina Maria de Jesus, escritora que rasgou cânones e desestabilizou certezas sobre o conceito literatura, mobilidade social de segmentos marginalizados, e que assim mexeu com o prestígio identitário brasileiro como um todo. Antes da mineira que transitou em vários níveis da excludência, poucas vozes testemunhais comprometiam a positividade de um país culturalmente arrumadinho e exibido sem preconceitos explícitos e crueldades raciais.
É preciso dizer de saída que perfilo entusiasmado a crescente onda de defensores de reparações históricas em favor de indígenas, negros e de vulneráveis de todos os matizes. Nesta linha, aliás, sinto-me convidado a saudar as cotas universitárias, de trabalho, de representação parlamentar. Todas as cotas são oportunas. Compomos um país injusto, cruel e elitista, que precisa revistar suas políticas de integração. Endosso atitudes condizentes com as pautas progressistas listadas nas agendas ativistas dos direitos humanos. Isto aliás, serve de introdução ao argumento do direito de fala. Sem exceção, cada pessoa ou segmento deve se manifestar. Muito mais que lugar, todos têm direito de expressão.
Perfilo princípios que se assentam em um pressuposto democrático elementar: o reconhecimento e a valorização da diferença. De todas as diferenças. Busco perfilar-me entre aqueles que percebem a democracia como espaço coletivo, sobretudo com reconhecimento e respeito aos socialmente desiguais. Na evidência do significado da diferença emendada na equiparação, ou no direito de oportunidades sem distinções, coloco-me na luta que afina a interação de pretos com brancos, de mulheres com homens, de detentores da educação formal com os não privilegiados. E isto não é mera preferência, é luta. É opção consciente e dever intelectual que impõe argumentos.
Uma das mais aclamadas autoras da crítica literária, a indiana Gayatri Chakravorty Spivak, assinou texto intrigante justificado no universo teórico da pós-modernidade global. Em artigo de 1985, delineou o corrosivo dilema afeito às relações de classe sociais e suas expressões. Sob o título “Can the subaltern speak?”, publicado em português com o título “Pode o subalterno falar?”, a autora apresenta um argumento que atinge em cheio as expressões identitárias no que ficou conhecido como “direito de fala”. Com apelo moral sobre a autodeterminação, a premissa spivaquiana busca responder o dilema da representação e da autoria de visões pessoais, particularmente em vista do direito à própria experiência. A competência, o treinamento técnico, o domínio de fortunas críticas filtradas por séculos de cuidados filosóficos, tudo, absolutamente tudo, ficaria angulado pelo direito – dever mesmo – de todos se enunciarem. Como se uma atitude anulasse a outra, na insensatez da busca de compensação da marginalização efetiva, radicais apagam trajetos de quantos percebem na cultura e na ciência ideais de aproximações que, ironicamente, podem favorecer diálogos desejáveis e mudanças políticas viáveis.
Sob a vista do conhecimento universitário, o problema é complexo e político. Complexo porque tange questões que se fundamentam na essência libertadora do saber crítico que deve ser revisto sempre. Complexo porque toca na subalternidade de quem fatalmente sente-se visto e explicado pelo outro, não por si ou por seus “iguais”. Emerge deste axioma uma questão moral de consequência grave. A história entra como fator matriz na constatação de que a norma culta, o preparo aprimorado e os meios de produção de resultados acadêmicos têm sido dirigidos por uma minoria branca, elitista, selecionadora do que deve, pode e é divulgado. Isso como se não houvesse desvios. A consciência da subalternidade aqui funcionaria como denúncia de injustiças estruturais que, afinal, aparelham uns e desqualificam outros. Uns seriam os explicadores capacitados, únicos, e os demais apenas motivo de observação, coisificados como objeto de estudos.
É lógico que numa projeção futura – otimista e distante – o problema aflitivo projetado na diminuição das desigualdades tenderá ao alívio das distâncias. Ainda que esta perspectiva caiba melhor no campo da utopia, é de se motivar passos garantidos pelas políticas afirmativas. Enquanto isso não acontece, contudo, cabe verificar correção de rotas que, se corrigidas, podem ajudar a causa democrática integrando o almejado direito de todos se contarem em histórias silenciadas.
Vivo um dos mais dramáticos dilemas de minha vida acadêmica. Perfilando-me entre os pioneiros da recuperação da imagem de Carolina Maria de Jesus na cena pública brasileira, padeço esforços de exclusão que, com toda segurança, enfraquecem a recepção da obra daquela autora que precisa ser vista, lida e assumida como causa de todos, não apenas de um grupo que se apropria de seu legado valendo-se das mesmas armas usadas por quem as refuta. Volto à saudação do direito de fala – não do lugar de fala – e reivindico diálogos úteis ao entendimento democrático do saber. É preciso distinguir valores culturais e buscar algo que não seja reduzido a “racismo reverso”, “machismo intelectual”, “perda de poder”. Nada disso. De minha parte, não cederei um milímetro em favor de conformações. Pelo contrário, continuarei buscando parcerias e construindo pontes que liguem o que de melhor a cultura pode oferecer: diálogo instruído e aberto.
Anuncio, em favor de estudos sobre Carolina Maria de Jesus, três livros que virão endossados pela Editora Ática. Tudo em favor da garantia de que homem branco e acadêmico pode, sim, falar de mulher negra e de baixa formalidade educacional. Fora excludências dispensáveis, viva a causa democrática absoluta, em particular a favorecida pela cultura acadêmica. E vamos continuar a luta pela garantia de uma educação pública aberta a todos. E que Carolina Maria de Jesus sirva de elo de união, revertendo assim a repetição do que tem sido praticado na excludência em especial de mulheres negras.
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