Doutor Hércules cobra apoio para albinos
Deputado apontou dificuldades enfrentadas pelas pessoas que têm o distúrbio genético responsável por afetar total ou parcialmente a produção de melanina
O presidente da Comissão de Saúde, deputado Doutor Hércules, chamou atenção para as dificuldades enfrentadas pelas pessoas albinas em todo o país devido à desordem genética que provoca a ausência total ou parcial de melanina.
A melanina é o pigmento responsável pela coloração da pele, dos pelos e dos olhos, sendo que as pessoas que sofrem com o distúrbio e ficam muito tempo expostas sem proteção à luz solar podem contrair câncer e até cegueira da visão.
Ao falar sobre o assunto, Doutor Hércules citou que 13 de junho é o Dia Estadual de Conscientização sobre o Albinismo, conforme a Lei 11.444/2021, de autoria dele. O objetivo da iniciativa é dar maior visibilidade para esse tipo de distúrbio e a necessidade de mais apoio do poder público para a causa dos albinos.
O deputado defendeu aprovação do Projeto de Lei (PL) 560/2020, de autoria da Comissão de Saúde, em tramitação na Casa (no momento em análise pela Comissão de Justiça), que determina aos postos de saúde distribuir protetores solares às pessoas com esse tipo de condição genética. A matéria obriga a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) a ofertar mensalmente às pessoas albinas protetores e bloqueadores solares compatíveis com a necessidade especificada por especialistas da área médica.
Doutor Hércules acrescentou que, além de protetor solar, o governo deveria também fornecer óculos solares para os albinos, já que a falta da proteção para os olhos pode causar cegueira. “Conheço um albino que só tem 10% da visão devido à incapacidade financeira que ele teve no sentido de comprar óculos para proteger as vistas”, relatou.
O deputado disse ainda que já apelou no âmbito da Sesa para que os professores da rede estadual de ensino sejam orientados a não deixar alunos com albinismo sentados perto de janelas nas salas de aula. Segundo Doutor Hércules, o sol e a claridade são inimigos dos albinos. Ele exemplificou que a visão de um estudante com esse distúrbio pode ser afetada caso fique sentado próximo à janela em sala de aula, acarretando em prejuízos na aprendizagem.
Entenda mais
Conforme informações do Portal do Ministério da Saúde há graus diferentes de albinismo. Um deles é o albinismo óculo-cutâneo que afeta a pele, cabelos e olhos; o principal problema para a pele é a exposição ao sol, que provoca queimaduras.
Se a exposição for diária e prolongada, com o passar do tempo podem surgir lesões muito graves, inclusive câncer de pele. Poucos minutos ao sol, sem proteção, podem provocar queimaduras de 2º e 3º graus na pele de pessoas albinas. Em países tropicais, onde o sol está presente em todas as estações do ano, o uso de bloqueadores solares é imprescindível.
Quando o albinismo afeta unicamente os olhos, geralmente vem acompanhado de astigmatismo e hipermetropia, movimento irregular do olho, estrabismo e fotofobia (sensibilidade à luz).
Pessoas com o distúrbio na produção da melanina devem iniciar o acompanhamento por profissionais de saúde assim que o problema for detectado.
A terapia visual prevenirá problemas nos olhos e na visão, proporcionando o desenvolvimento necessário para as atividades escolares, trabalho e lazer.
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