Único conhecido no planeta, tamanduá albino é encontrado no Cerrado
Um tamanduá-bandeira albino foi encontrado em uma fazenda no Mato Grosso do Sul. Sua raríssima existência, no entanto, está envolta em mistérios.
Um tamanduá albino foi encontrado recentemente no Mato Grosso do Sul. Com pelagem clara e olhos avermelhados, foi batizado com o nome de Alvin.
Segundo especialistas, ele é o único tamanduá-bandeira albino conhecido no planeta e sua existência pode ajudar a explicar como o desmatamento do Cerrado afeta a espécie.
A descoberta ocorreu em agosto deste ano e está mobilizando pesquisadores do Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS), que iniciou um estudo científico sobre o bicho e sua adaptação ao Cerrado.
Com apenas oito meses de vida, ele foi encontrado por funcionários de uma fazenda particular na região de Três Lagoas, cidade a cerca de 330 km da capital, Campo Grande. Ainda filhote, ele estava com a mãe, que o carregava nas costas - a fêmea costuma cuidar do filhote por até 10 meses.
Sua mãe, no entanto, tinha características comuns ao tamanduá-bandeira: pelagem acinzentada que serve para camuflar o animal em meio à vegetação do Cerrado.
O tamanduá-bandeira, mamífero tido como um dos símbolos da rica fauna do bioma, está em risco de extinção por causa da caça e também da constante destruição da vegetação que lhe serve como habitat.
Segundo dados da International Union for Nature Conservation (IUCN), a espécie perdeu 30% de sua população entre 2003 e 2013 - esse dado, o último disponível, é uma estimativa por conta da dificuldade de calcular a quantidade de animais na natureza.
A espécie está presente em todo o Cerrado brasileiro, mas também em outras áreas na América do Sul.
Nesse contexto de risco, Alvin ocupa uma posição ainda mais rara: não há notícias de que existam outros albinos como ele.
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