sábado, 22 de junho de 2024

PADRE ASSASSINO?

Tanzânia: 9 indiciados no assassinato de menor portador de albinismo. Entre eles, um padre católico


Um padre católico está entre as nove pessoas detidas pela Polícia Tanzaniana suspeitas de assassinar um menor portador de albinismo.

Além do pároco, assistente da Paróquia de Bugandika, na Diocese de Bukoba, no grupo dos suspeitos da morte de Asimwe Novart, encontra-se igualmente o seu pai e um médico tradicional.

O porta-voz da Polícia tanzaniana, David Misime, disse que as pessoas foram detidas na noite de quarta-feira, numa busca policial iniciada em 31 de Maio findo.

Asimwe foi raptado na casa de sua mãe, no dia 30 de Maio findo, em Kamachum, distrito de Muleba, na região de Kagera e o seu corpo só foi encontrado no dia 17 de Junho corrente, embrulhado num saco e abandonado na estrada, com os membros decepados.

Segundo a Polícia, os suspeitos foram detidos na posse dos supostos órgãos de Asimwe, já embalados em plásticos, quando aguardavam pelos seus clientes.

De acordo com a polícia, os suspeitos explicaram que o padre e o curandeiro é que, alegadamente, persuadiram o pai da criança a comercializar os órgãos do seu filho.

Aliás, foi o padre Rwegoshora que procurou o curandeiro e pagou todas as despesas.

A mãe do menino contou que na noite em que foi raptado o filho, um dos envolvidos fingiu ter sido mordido por uma cobra, pedindo socorro.

Quando Judith sai do quintal para ir socorrer a pessoa eventualmente mordida pela cobra, eis que aparece um indivíduo, que derruba-a, corre para o quintal, pega no menino e desaparece.

Ela contou ainda que não foi fácil conseguir ajuda rápida, porque onde mora, as casas ficam distantes, umas das outras.

A Polícia tanzaniana apela as pessoas a pararem de acreditar que há riqueza nos órgãos de pessoas com albinismo.

O caso chocou à sociedade tanzaniana e, por isso, a Presidente da República, Samia Suluhu, que na última terça-feira, na abertura da segunda Conferência Nacional de Desenvolvimento do Sector da Comunicação Social, pediu um minuto de silêncio em memória da vítima, exige mão dura contra os prevaricadores. (RM Dar es Salaam)

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